O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ontem que as novas medidas restritivas adotadas pela administração municipal são uma forma preventiva de combater a covid-19. Ele afirmou que não houve registro de aumento de casos, nem de óbitos, mas foi identificada uma tendência de alta nos atendimentos na rede de urgência e de emergência de pessoas com síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, que antecedem a notificação de um caso de covid-19.
A prefeitura do Rio publicou nesta quinta-feira decreto com novas medidas de isolamento social para combater a pandemia. Entre elas, figura a proibição de permanência de pessoas em vias e áreas públicas das 23h às 5h. Também foi determinado que bares, lanchonetes e restaurantes devem fechar, para atendimento presencial, a partir das 17h. Esses estabelecimentos só poderão funcionar das 6h às 17h, podendo atender a um número máximo de clientes correspondente a 40% de sua capacidade instalada.
“Essas medidas têm um objetivo principal: evitar que se repita em 2021 o genocídio de 2020, que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro”, disse o prefeito, durante a apresentação das novas medidas de restrição e da nona edição do Boletim Epidemiológico, destacando que, em 2020, a capital teve taxas de mortalidade e de letalidade acima de São Paulo, a maior cidade do país e que tem o dobro da população do Rio. Paes afirmou que os dados dos atendimentos, ainda que sem confirmação da contaminação, são os que mais o preocupam. “Quando a gente olha para esse dado aí, ele é um dado que liga um sinal de alerta. É um dado que vem me incomodando e a todos da prefeitura desde o finalzinho da semana passada. Daí eu ter intensificado o debate com os especialistas sobre esse tema. Nosso objetivo é nos antecipar para que possamos manter os números baixos [da doença] que estamos tendo este ano”, garantiu.