Nos próximos dias, o general Eduardo Pazuello deverá deixar o Ministério da Saúde após alegar problemas de saúde. Em outubro de 2020, o ministro foi diagnosticado positivamente para Covid-19. Ele se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na noite de sábado (13), em um encontro fora da agenda oficial de ambos.
A informação sobre o pedido de Pazuello para deixar o ministério para se reabilitar foi publicada pelo jornal O Globo. De acordo com pessoas próximas ao presidente, alguns substitutos do ministro já estão sendo contatados, como Ludhmilla Abrahão Hajjar, professora associada da USP, e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O presidente da Câmara, Arthur Lira, também pode ser cotado para assumir o cargo.
Aliados de Bolsonaro, como deputados do Centrão, aumentaram a pressão sobre o ministro nas últimas semanas. De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal, a mudança não acontecerá por causa disso, mas sim por motivos de saúde.
Críticas ao Ministério da Saúde
A má gestão de Pazuello durante a pandemia de Covid-19 tem gerado críticas principalmente por causa do atraso no cronograma de vacinação. Aliados do presidente também defendem um “rearranjo” de ministérios agora que o ex-presidente Lula voltou ao cenário eleitoral.
Sob administração do general, o Ministério da Saúde apresentou em fevereiro um cronograma que previa 46 milhões de doses da vacina contra Covid-19 em março. No mesmo mês, o cronograma passou a prever 48,9 milhões de doses.
O número foi reduzido no início de março para 39,1 milhões de doses, depois para 38 milhões, e depois para 30 milhões. Na última segunda-feira (8), a previsão foi reduzida para “de 25 a 28 milhões de doses”, e na quarta-feira (10), Pazuello citou de 22 a 25 milhões de doses para o mês.
Fonte: O globo