O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, deve deixar o comando da pasta alegando problemas de saúde.
O ministro precisaria de mais tempo para se reabilitar do problema de saúde. No entanto, o pedido para deixar o ministério ocorre no momento em que deputados do chamado Centrão pressionam por uma mudança na pasta, responsável pela gestão da pandemia de coronavírus no país.
presidente Jair Bolsonaro deve se reunir com a cardiologista Ludhmila Hajjar para assumir o ministério. O nome dela tem boa aceitação entre os deputados do Centrão. O Globo também cita o nome do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, como possível nome para assumir o Ministério da Saúde caso a saída de Pazuello se confirme.
Troca será a terceira no ministério durante a pandemia
Uma saída de Pazuello seria a terceira troca de ministro da saúde do governo Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus. Em abril de 2020, o então ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido do cargo após divergências públicas com o presidente sobre temas como o distanciamento social e uso de medicamentos como hidroxicloroquina no combate à Covid-19.
O oncologista Nelson Teich assumiu o cargo na sequência, mas deixou a pasta menos de um mês depois, também por divergências com Bolsonaro sobre a gestão da pandemia e a defesa da cloroquina como “tratamento precoce” contra a doença. Desde então, Pazuello, que auxiliava Teich no Ministério, foi promovido a ministro interino e, depois, efetivado no cargo.
A atuação de Pazuello vem sofrendo críticas por situações como a demora na compra de vacinas, o ritmo lento da campanha de imunização e o colapso de Manaus (AM), onde a falta de oxigênio levou pacientes à morte no final de janeiro.
Pazuello esteve na semana passada em Chapecó, onde visitou leitos instalados no Centro de Eventos para atender pacientes de Covid-19. A cidade chegou ao colapso e enfrenta desde o início de fevereiro a falta de vagas de UTI. Na ocasião, Pazuello não fez anúncios nem respondeu a um pedido do Estado sobre instalação de mais leitos na região.