Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana pelo Ministério da Economia, reforçam o acerto das políticas socioeconômicas adotadas em Maricá no último ano: mais uma vez, a cidade obteve saldo positivo de 219 novas vagas formais de trabalho – foram registradas 728 admissões e 509 demissões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado também é expressivo: entre março de 2020 e fevereiro deste ano, em plena pandemia quando milhares de vagas e empreendimentos foram fechados, Maricá somou 1.077 postos de trabalho a mais e apresentou o segundo melhor desempenho na geração de empregos entre os 92 municípios do estado do Rio – ficando atrás apenas de Arraial do Cabo, com saldo de 1.821 novos empregos formais.
A cidade também se destaca na comparação com municípios vizinhos – Niterói tem 3.950 empregos formais a menos no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto São Gonçalo perdeu 2.887 postos de trabalho – e até com a capital do estado, onde mais de 79 mil empregos desapareceram no período.
Desde junho do ano passado, o setor produtivo da cidade vem registrando mais contratações que demissões, na contramão do estado do Rio, que também teve resultado positivo em fevereiro, mas ainda amarga grande perda acumulada no estoque de vagas formais: 108 mil postos de trabalho foram fechados em todo o estado no último ano.
Um exemplo disso é o caso do cozinheiro Amauri Ferreira dos Santos, de 51 anos, que conseguiu emprego durante a pandemia. “Estou há três semanas trabalhando nesse lugar como chefe de cozinha. É muito bom porque estou no momento de muita transição na minha vida. Eu precisava voar e seguir meu caminho. É assim que as coisas funcionam, é um passo de cada vez”, disse.
Como consequência da série positiva na criação de vagas, o estoque de empregos formais na cidade chegou a 18.479 em fevereiro deste ano, contra 17.402 no mesmo mês do ano passado, o que representa variação positiva de 6,19%.
Diego Maggi, gerente de projetos do Instituto Municipal de Informação e Pesquisa Darcy Ribeiro (IDR), destaca que os dados do Caged mostram que Maricá, sem sacrificar as vagas formais que já existiam, chega mesmo a superar o patamar de emprego anterior à pandemia de Covid-19.
“Este bom desempenho, sem dúvida, está relacionado às políticas de amparo à economia local implementadas pela administração municipal, como os programas de Amparo ao Trabalhador (PAT) e de Amparo ao Emprego (PAE) e a própria política de renda básica de cidadania (RBC), avaliou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha, ressalta que, mesmo antes da pandemia de Covid-19, a cidade já vinha demonstrando números consistentes em relação a geração de empregos. “O conjunto de medidas de proteção econômica realizadas pela prefeitura a partir da pandemia como o PAT, o PAE, o Fomenta Maricá e o aumento do valor pago pela RBC fez com que a cidade ganhasse fôlego suficiente para passar por esse momento difícil ainda com números positivos”, afirmou.
Sardinha acrescenta que os programas de suporte à economia lançados pela administração municipal seguem a lógica de enxergar o isolamento social, necessário para conter o avanço da pandemia, como um direito social. “E a missão da Prefeitura foi sempre a de assegurar esse direito [de cumprir o isolamento social] a cada um dos seus cidadãos, garantindo a eles a renda e os empregos”, disse o secretário.