Peritos concluem que criança foi assassinada dentro do apartamento. Quando casal levou menino ao hospital ele já estava morto havia, pelo menos, 39 minutos.
A imagem é forte. O menino Henry Borel, 4 anos, está com seu pijama, pálido, com os olhos abertos, braços soltos, lábios azulados, parte do corpo enrolado em uma manta, no colo da mãe, que desce no elevador, na madrugada do dia 8 de março, às 4h09, acompanhada de Jairo Souza, o Jairinho.
A foto, que a reportagem não irá veicular em respeito à criança, consta no laudo de reprodução simulada que concluiu: Henry foi morto dentro do apartamento, entre 23h30 e 3h30 da manhã. Ou seja, quando o casal resolve levar o menino ao hospital, ele já estava morto havia, pelo menos, 39 minutos.
A polícia possui todas as filmagens do suposto socorro a Henry, por Monique Medeiros, sua mãe, e Jairinho. “São vídeos que fazem qualquer pessoa chorar copiosamente”, disse um investigador à reportagem. A análise das imagens contradiz, segundo os peritos, a versão do casal de que a criança estava com vida ao ser levada à emergência hospitalar.
“(…)nota-se que Henry está extremamente pálido, devido ao choque hipovolêmico, e que o lábio está cianótico (…). A vítima tem abolição de motilidade e de tônus muscular, com consequente fácies hipocrática, sendo esse um sinal abiótico ou imediato de morte, o que significa que o óbito tinha ocorrido há pouco tempo”, diz trecho do laudo.