Uma empresa de turismo no Ceará foi condenada pela Justiça do Trabalho após fazer uma votação similar a um reality show, com o intuito de decidir qual funcionário seria demitido. A ex-colaboradora receberá uma indenização de aproximadamente R$ 14 mil.
A ex-funcionária afirmou que foi forçada a participar da votação durante uma reunião, além de ser obrigada a justificar seu voto. Depois de atender entre cinco e seis clientes, o gestor reuniu todos e os levou para uma sala onde disse que eles não haviam efetuado nenhuma venda e que só estavam preocupados em comer, informou que naquele exato momento faria um ‘Big Brother’, e mandou os funcionários escolherem um vendedor e um fechador por meio da votação para sair da equipe.
A ex-funcionária ficou constrangida e se negou a participar do ‘paredão’. A mulher trabalhava no local há pouco mais de um mês, e saiu sem receber verbas trabalhistas. No processo, ainda conta ter sido diagnosticada com depressão e traumas psicológicos após o episódio.
Segundo ela, o gestor da empresa a tratava de maneira constrangedora, limitava suas idas ao banheiro e a alimentação dos empregados. Outra ex-funcionária alegou que foi demitida da mesma maneira.
O juiz determinou que o gestor da empresa expôs a moça a “uma situação extremamente vexatória e humilhante na presença dos demais empregados”. A empresa deverá pagar anotação da carteira de trabalho, pagamento de aviso-prévio, 13º salário, férias, horas extras, repouso semanal remunerado, multa, FGTS e indenização por danos morais à ex-funcionária.