Uma grande ação de limpeza e retirada de resíduos sólidos foi realizada nesta quarta-feira (02/06) na Área de Proteção Ambiental (APA) da Restinga de Maricá. A ação faz parte do projeto ‘Maricá Preserva’, que já havia passado pela localidade na última segunda-feira (31/05). Foram utilizados três caminhões caçamba e uma máquina retroescavadeira na atividade, que removeu os mais diferentes tipos de resíduos descartados, desde o lixo domiciliar até o entulho de obras e artigos religiosos. No total, foram retiradas 58 toneladas de resíduos.
O ponto considerado crônico da área que foi limpa fica nos arredores da aldeia indígena Mata Verde Bonita, e é apontado como um “lixão da restinga” pela enorme quantidade e variedade de material despejado ali – esta ação, por exemplo, retirou itens como cabos de cobre, medicamentos, engradados de cerveja, restos de animais e até uma peça que pertencia a um extinto parque aquático da região.
Para a coordenadora de Projetos da autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar), Vanessa Rodrigues, não há necessidade deste descarte irregular, uma vez que o município dispõe de um serviço que retira em casa a maioria desses objetos.
“Muita coisa que encontramos aqui poderia ter sido retirada na casa das pessoas, através do nosso serviço de retirada de inservíveis, que busca tudo o que não é lixo comum. Se a pessoa tem um sofá usado, uma geladeira velha ou qualquer outra coisa de porte que não queira mais, pode agendar uma visita que nós vamos buscar, não precisa jogar aqui”, reforçou Vanessa, lembrando que na operação anterior foram removidas cerca de 100 toneladas de resíduos. O telefone para retirada desses objetos é 3731-9633.
Toda a ação foi acompanhada por uma equipe do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que gere a APA da Restinga e é quem solicita à Prefeitura que execute a limpeza. De acordo com a gestora Camille Kurowsky, a parceria é fundamental para preservar a localidade.
“É muito simbólico ter esta operação na Semana Mundial do Meio Ambiente porque é uma chance de trazer as pessoas à consciência de que esse descarte não pode ocorrer. A participação da Prefeitura é essencial pela ajuda que nos dá com a equipe e seu maquinário. Já realizamos quatro ações como esta neste ano, mas nossa ideia é executá-la mensalmente e implantar uma sinalização em toda a área. É uma tarefa bem difícil porque depende de conscientização, mas estamos tentando vencer pelo cansaço”, afirmou a gestora.
Quem também participou da atividade foi uma representante do projeto Maraey, empreendimento que responde pela manutenção da área da restinga e aguarda autorização para implantar um grande projeto turístico e residencial no entorno da área protegida. A diretora de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Luciana Andrade, se juntou à equipe de coleta e retirou diversos resíduos que estavam pela área.
“Esse tipo de descarte é proibido e a população deve estar consciente de que tudo isso é um patrimônio natural que pertence a ela. Nós estamos sempre buscando parcerias pela preservação desta área, que vem sofrendo com o despejo desses resíduos que a impactam diretamente”, explicou a bióloga.
Outras ações semelhantes estão previstas para os próximos dias. Nesta sexta-feira (04/06), a equipe estará na Praia da Sacristia, em Ponta Negra, onde haverá limpeza e plantio de mudas. Na segunda-feira (07/06), a limpeza chega a Itaipuaçu e estará em Cordeirinho no dia 9.