Maricá está no trilho para se tornar um grande polo concentrador de produção audiovisual. A pedido da Secretaria de Cultura, o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) elabora um projeto de estímulo à produção cujos eixos principais são a instalação do polo, para produzir conteúdo com criadores e trabalhadores locais, e a abertura de um canal de streaming para dar visibilidade à produção e a todo o conteúdo produzido no governo, que deverá estar no ar em até um ano. O edital com as diretrizes do fomento foi publicado na edição da última segunda-feira (14/06) no Jornal Oficial de Maricá (JOM).
A movimentação na cidade para as produções deve começar já em agosto, é o que garante o presidente do ICTIM, Celso Pansera. Segundo ele, um comitê vai acompanhar a montagem do polo, cuja primeira produção deve ser um filme sobre o movimento dos malês na Bahia, que terá partes rodadas na cidade e na capital baiana. Uma produtora de conteúdo e tecnologia será contratada para dar o suporte técnico à produção, dirigida por Antonio Pitanga. Ainda de acordo com Pansera, haverá novos editais para treinamento de profissionais que irão trabalhar nas produções.
“Em todo o estado há uma grande demanda reprimida na produção audiovisual e o que queremos, além de viabilizar a produção de conteúdo, é também criar um mercado para quem atua em cenografia, som, iluminação e outros. É oportunidade para muita gente”, disse o presidente do ICTIM, ao lado do diretor de Inovação e Científico Cláudio Gimenez, que completou: “Nosso projeto contempla também o artista de rua, é para toda a classe”.
Celso Pansera afirmou ainda que 10% do que for arrecadado nas bilheterias será revertido na produção de novos conteúdos para o canal de streaming, cuja especialidade serão programas socioeducacionais e cultura brasileira. “Chegará um momento em que haverá uma estrutura física para estúdios, mas inicialmente a ideia é utilizar o que a cidade oferece. Aqui temos praia, restinga, serra, zona rural, tudo para as mais diferentes locações. Coisas que nos permitem sonhar com uma produção forte por aqui”, explicou.