Destruição de estruturas, abertura espontânea do Canal da Barra e sujeiras no meio da Orla de Itaipuaçu – estes foram os principais efeitos da ressaca que atinge o litoral fluminense desde a última quinta-feira, 29/07. Os estragos, principalmente na Barra de Maricá, onde três decks de acesso à praia e parte do canteiro da Avenida Litorânea desabaram, puderam ser vistos na manhã desta sexta-feira, 30/07. A força do mar chegou a “devolver” parte das madeiras usadas nas estruturas dos decks de acesso, encontradas dentro do Canal da Barra. Os destroços foram retirados por trabalhadores da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar).
Por conta do risco de desabamento, a Prefeitura interditou parte da Avenida Litorânea, na Barra de Maricá, entre as ruas Marcelo Barbosa e a João Frejat. O local conta com a presença de agentes da Defesa Civil, que orientam pedestres para que não transitem nestes locais. A previsão é que a ressaca comece a perder força a partir do próximo domingo.
De acordo com informações do diretor de Obras Diretas da Somar, Guthyerre Alves, equipes da autarquia já atuam desde a manhã desta sexta-feira, 30/07, na Orla de Itaipuaçu para retirar toda a sujeira depositada no local pela força do mar. “A limpeza vai se estender ao longo do dia de hoje e do sábado, se detectarmos algum vestígio de sujeira ainda por causa da ressaca, na segunda-feira vamos destacar uma força-tarefa para manter a Orla de Itaipuaçu limpa”, disse.
Ainda de acordo com o diretor, a autarquia aguarda o término da ressaca para que os trabalhadores possam atuar retirando os detritos com segurança. “Não podemos agir ainda porque estamos sob alerta de mais ressaca, e também não vamos arriscar a segurança dos funcionários. Pretendemos tão logo ter uma definição das condições do mar decidirmos o que será feito em relação ao Canal da Barra, além dos três decks que foram comprometidos pela força do mar”, completou.
Prevendo um possível efeito colateral deste problema, a Secretaria de Cidade Sustentável segue monitorando o Canal da Barra.
“Estamos monitorando e acompanhando, caso fique evidenciado algum impacto negativo (mortandade de peixes e outros), vamos fazer contato direto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e com a Somar para que seja feita uma possível intervenção”, explicou o titular da pasta Hélter Ferreira.
O aposentado Josevan Cardoso, de 67 anos, lamentou a destruição dos decks pelo mar. “Esses decks eram uma alegria para a gente aqui, uma pena ter acontecido isso. Tudo isso é para mostrar o quanto a natureza tem poder. Torço para que o acesso volte logo, porque é um ponto importante para a gente descer para a areia”, comentou.