Embora o golpe ocorra de formas variadas, a Proteste destaca que é possível identificar algumas semelhanças entre as práticas criminosas, o que poderá ajudar você a ter mais segurança e confiança em suas transações. Vale ressaltar, ainda, que a busca por informações confiáveis, empresas sérias e sites de reclamação, como o canal Reclame , da Proteste, são grandes aliadas nesse momento de vulnerabilidade.
Ao buscar na internet termos como “empréstimo para negativados”, “devolução de empréstimos”, “crédito fácil”, muitas vezes, você pode se deparar com links indicados via publicidade pela ferramenta de pesquisa, como o Google, indicando soluções para suas pendências financeiras. Acessando esses sites, há propostas quase irrecusáveis, que apresentam benefícios e condições muito melhores que aquelas indicadas pelas instituições tradicionais. Diante disso, o risco é clicar em links que direcionam a página para aplicativos de conversa, como o Whatsapp, onde o golpe é efetivado.
Nesse momento, a Proteste esclarece que, para liberar o suposto crédito, os golpistas exigem o pagamento de taxas prévias, que podem se apresentar como taxas cartoriais, depósitos de segurança, garantias, dentre diversos outros. Acreditando que, com o pagamento desses valores, conseguirá a liberação do empréstimo para a normalização de sua situação financeira, o consumidor transfere a quantia para a empresa, que, com a concretização do golpe, some e não mais apresenta nenhuma resposta ao mesmo. Então, consuma-se o golpe do empréstimo falso.
O que você precisa saber
“Após escolher a empresa para contratação de um empréstimo, o consumidor precisa ficar atento a uma regra básica: primeiro você recebe o dinheiro, depois paga. Para conseguir promover as atividades financeiras no Brasil, os bancos devem submeter-se a regras e condições previstas pela legislação, assim como pelo Banco Central. Segundo essas, não podem ser cobrados valores antecipados do consumidor que busca adquirir uma linha de crédito”, ensina a Proteste.
O órgão acrescenta: “Afinal, se o consumidor se encontra em uma situação financeira delicada, não faz sentido que, para solicitar um empréstimo, o mesmo precise promover diversos pagamentos anteriores. Caso tenha sido solicitado o pagamento prévio de valores para liberação de empréstimo, é bom que se opte por outra empresa, pois há grandes chances de estar negociando com sites fraudulentos”.
A associação atenta também para o cuidado com o pagamento de valores a pessoas físicas. Para atuarem no Brasil, as instituições financeiras precisam estar adequadas a diversas normas, dentre elas a necessidade de disporem de um Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Sendo assim, caso para liberação de um empréstimo, você precise transferir valores a pessoas físicas, é possível que esteja prestes a cair no golpe do empréstimo falso.
Ainda conforme a Proteste, os clientes apenas devem finalizar transações comerciais por meio das plataformas oficiais de instituições de confiança. Dessa forma, uma proposta de empréstimo que, para ser aprovada, deve ser finalizada fora do site ou canais oficiais da empresa precisa ser analisada com bastante cautela. Normalmente, instituições financeiras de confiança indicam telefones, sites ou até e-mails oficiais por meio dos quais você poderá fazer contato. Dar preferencia a tais canais reduz as possibilidades de transações comerciais enganosas.
Na avaliação do advogado especialista em Direito Digital, Antonio Carlos Marques Fernandes, conhecer seus direitos e práticas de educação financeira são pilares fundamentais para não cair nos golpes do empréstimo falso.” Embora, muitas vezes, as condições oferecidas pelas empresas fraudulentas sejam muito mais favoráveis que as demais, muitas vezes, tais condições escondem uma série de crimes que, no final das contas, gerarão mais prejuízos que benefícios”, pondera Fernandes.
Caí no golpe, e agora?
De acordo com Glaciano, o primeiro passo deve ser registrar um boletim de ocorrência, relatando o que aconteceu. “Desta forma, terá o resguardo dos seus dados pessoais e de futuras tentativas de fraudes. Notifique ao seu banco e registre o caso no Procon. E, por último, procure a Justiça para reaver os seus direitos como consumidor”, indica o especialista.