O evento foi orquestrado pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM). Também participaram do encontro a primeira-dama do município, Pâmela Delaroli; o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Marcos Araújo, acompanhado de outros secretários; a coordenadora do CEAM, Sulamita Campanhole; e representantes da Patrulha Maria da Penha.
“É uma honra receber a deputada Soraya Santos, que para mim é um marco na Câmara de Deputados. Existe o momento da mulher na política antes e depois da Soraya Santos. Tudo isso que estamos conquistando para as mulheres é porque ela está lá, liderando o grupo de mulheres, fazendo com que elas tenham igualdade”, declarou o prefeito Marcelo Delaroli.
A palestra teve caráter alusivo ao Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher, celebrado no dia 6 de setembro. No discurso, a deputada Soraya Santos trouxe à luz diversos questionamentos sobre as principais desigualdades entre os gêneros e palestrou acerca do avanço de políticas públicas voltadas especialmente para as mulheres.
“A questão da violência contra a mulher não é um fato isolado, é sistêmico. É preciso olhar com todos os atores, inclusive institucionais, para que dê a garantia constitucional. A Constituição Federal de 1988 diz que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres. Mas será? Será que a mulher pode pegar uma condução sem ser importunada? Será que uma mulher que se capacita tem a mesma condição de disputa de mercado? Será que a mulher pode romper um relacionamento sem sofrer um feminicídio ou agressão?”, questionou a deputada.
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Marcos Araújo, aproveitou o tema do evento para efetuar a assinatura, junto ao prefeito Marcelo Delaroli, do termo de colaboração com o Abrigo Rainha Sílvia. O trabalho da instituição é voltado para o atendimento de mulheres grávidas em situação de risco, mães sem moradia com filhos pequenos, e mulheres vítimas de violência e de abusos.
“É uma conquista importante para Itaboraí. As mulheres identificadas como vítimas de violência serão encaminhadas por nossa equipe e recebidas por essa instituição, para acolhimento. Vamos fazer um trabalho de capacitação para aquelas sem independência financeira para tentar inserir essas vítimas também no mercado de trabalho”, afirmou o secretário.