A Prefeitura de Maricá retomou nesta semana as atividades do Programa Casa do Idoso Mais Feliz de Itaipuaçu, da Secretaria de Políticas para a Terceira Idade, após serem suspensas por um longo período devido à pandemia da Covid-19. O programa oferece gratuitamente atividades como alongamento, ginástica, hidroginástica, manicure, pedicure, Tai chi chuan, entre outros serviços. A casa fica na Rua General Emir (antiga Rua 10), Itaipuaçu.
A decisão da retomada se deu após reunião da secretária Lesirée Figueiredo com sua equipe na qual foram discutidos novos métodos de trabalho, observando todos os protocolos sanitários contra a Covid-19.
A coordenadora da unidade Itaipuaçu, Telma Mattos, 52, disse que a reabertura da Casa era mais do que esperada. “Itaipuaçu tem muitos idosos que escolheram o lugar pela qualidade de vida”, afirmou. “No momento não estamos fazendo novas inscrições novas, só atualização de cadastro. A demanda de alunos novos é grande, mas temos de respeitar os protocolos de saúde para limitação do número de pessoas e distanciamento social”, destacou.
Participantes do programa comemoram retomada
Frequentador da casa há seis anos, Paulo Cândido dos Santos, 78 anos, disse que estava com saudade das atividades mora no Jardim Atlântico. “Faço alongamento e participo do Coral. Tudo muito bom. Estava com saudades das atividades. Com a pandemia, fiquei mais devagar e engordei uns quilinhos”, disse.
Conceição de Souza, de 62 anos, que é deficiente física, não perdeu a força de vontade e participa constantemente das atividades. “Aprendi que preciso cuidar da saúde física e mental”, enfatiza.
Para a volta das atividades, a pasta contratou mais um psicólogo para reforçar a equipe. “Trabalhar com o idoso é uma realização profissional e pretendo interagir com as demais atividades da Casa”, afirmou o profissional.
Manicure da Casa há nove anos, Lídia Moreno, de 52 anos, contou que estava com saudade dos frequentadores. “O sucesso do projeto é devido a eles, e à dedicação das equipes”, declarou.
A dança cigana, atividade conduzida pela professora Cecília de Barros Bastos, 72 anos, é uma aula à parte. Saias compridas, blusas coloridas, cintos de medalhas, pandeiros, leques e véus são adereços usados na atividade que atrai as alunas. Professora de Educação Física pela UFRJ, Cecília se encantou pela dança cigana há 25 anos, depois de passar por outras artes. “A dança cigana transmite a alma da mulher, sem precisar mostrar seu corpo. É tradição de um povo muito antigo”, argumentou.