Na quarta-feira (19), o Procon Estadual do Rio de Janeiro deu continuidade ao trabalho de investigação sobre o possível aumento abusivo de preços dos testes de covid e influenza. No início da semana, os principais laboratórios foram notificados e, desta vez, ao todo 19 farmácias e laboratórios foram alvo da fiscalização. A ação aconteceu nos municípios do Rio, São Gonçalo, Niterói e Maricá. Os agentes também estão averiguando possíveis violações aos direitos dos consumidores.
O Procon-RJ questionou quanto aos prazos informados aos consumidores no momento da realização do exame, se os mesmos estão sendo cumpridos e o que estes fornecedores estão fazendo para atender a alta demanda de maneira satisfatória aos clientes. A autarquia solicitou ainda a comprovação documental dos preços que estão sendo praticados desde outubro de 2021 até a presente data para apurar um possível aumento abusivo de preço.
Durante a ação, os fiscais identificaram aumento de até 108% no teste de detecção de covid em um laboratório drive thru localizado no Shopping Downtown. O teste PCR que custava R$230,00, à partir de 15 de janeiro passou para R$480,00. Já o teste nasal, de R$150,00 aumentou para R$220,00.
A elevação de preços identificada em farmácias foi menor. Um estabelecimento situado no Recreio dos Bandeirantes cobrava R$ 89,00 pelo teste nasal para detecção de covid e passou para R$ 109.00. As farmácias e os laboratórios que não comprovaram os preços praticados terão 10 dias para apresentar as informações ao Procon-RJ.
“Antes de fazer o exame, é importante realizar uma pesquisa de preços. O mesmo exame, realizado em diferentes locais, pode custar o dobro do valor”, observou o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.
Em relação ao aumento do preço cobrado pelos testes, Cássio explica que caso a farmácia ou laboratório tenha elevado o valor e não consiga justificar, se demonstrado que o aumento foi em virtude do crescimento da demanda gerada pela elevação do contágio da ômicron e desespero dos consumidores, o estabelecimento será sancionado.
Duas farmácias não possuíam farmacêuticos responsáveis técnicos e dois laboratórios não tinham responsáveis técnicos no momento que aconteceu a fiscalização. Publicidade que pode induzir o consumidor em erro, preço na gôndola diferente do que é cobrado no caixa e ausência de valor em determinados produtos foram outras irregularidades encontradas pelos fiscais.
Unidades das drogarias Venâncio, Raia, Pacheco, Tamoio, Farma Hall, Farmelhor, Preço Popular e Pague Menos, e unidades dos laboratórios Villela Pedras, Alta Excelência e Infinity Care foram vistoriadas durante a operação.