A adesão às vacinas vem caindo nos últimos dez anos. Embora o índice ideal de imunização seja acima de 90%, as taxas gerais têm ficado abaixo desse valor desde 2012, chegando a 50,4% em 2016. Em 2021, a porcentagem foi de 60,7%, segundo informações do DATASUS do Ministério da Saúde. Com a queda, a população está vulnerável a doenças que já estavam erradicadas no País, como o sarampo. Neste ano, o Estado de São Paulo já confirmou dois casos, alertando as autoridades em todo território nacional.
De acordo com o Dr. Guilherme Furtado, infectologista do Hcor, as vacinas continuam sendo a melhor maneira de prevenir as doenças virais que podem deixar sequelas e até causar mortes. “O Programa Nacional de Imunização foi um grande avanço no controle das endemias no Brasil e não podemos retroceder. É muito importante que as pessoas sigam o calendário de vacinação. Recentemente, vimos o impacto no controle da pandemia de COVID-19”, ressalta.
Em meio à circulação simultânea de vírus da COVID-19, sarampo e gripe, o especialista informa que os maiores de 12 anos não precisam cumprir intervalo entre os imunizantes e podem receber as doses no mesmo dia, desde que respeitadas as indicações para cada grupo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 70% da população contra COVID-19, 95% das crianças de 6 meses a 5 anos contra sarampo e 90% dos grupos prioritários contra a gripe. “O imunizante oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde para gripe é o trivalente, que protege contra Influenza A, H3N2, H1N1 e uma cepa de Influenza B. Algumas farmácias e clínicas oferecem a opção tetravalente, com adicional de uma cepa do vírus B”, explica o médico. |