Os cuidados com o nosso lar vão além da busca por um espaço confortável, bonito e aconchegante. O cuidado envolve tudo que faz parte da nossa vivência em casa, até mesmo o lixo que produzimos diariamente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são recolhidas no Brasil cerca de 180 mil toneladas de resíduos sólidos diariamente. Desse total, mais da metade é jogado, sem qualquer tratamento, em lixões a céu aberto.
Ao separar os resíduos, damos os primeiros passos para sua destinação adequada. Cada pessoa é responsável pelo lixo que produz, e a mudança de atitude para a preservação do meio ambiente começa dentro de casa. Quer saber o que fazer e como começar?
Então, confira neste post dicas para você separar o lixo corretamente para a reciclagem.
Por que é importante fazer a separação do lixo
A separação e o encaminhamento correto do lixo possibilitam a reutilização, a reciclagem, a compostagem, o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental.
O que é reciclável?
Os materiais recicláveis poderão retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou itens diferentes dos originais. Por exemplo: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, garrafas (pet), recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos de plástico, esquadrias, arame, potes de produtos alimentícios, embalagens em geral, entre outros.
Os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, como notebook, celular, pilhas, baterias e eletrodomésticos, o óleo de cozinha e os móveis devem ser entregues em pontos de coleta específicos. No site Recicla Sampa é possível encontrar os locais para o descarte correto e consultar os horários da coleta domiciliar em São Paulo.
O que não vai para o lixo reciclável?
Nem todo o lixo doméstico é reciclável. O Ministério do Meio Ambiente orienta sobre os itens classificados como não recicláveis. Os mais comuns são:
• Papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, fotografias e filtro de cigarros; papel higiênico, copos de papel, papel-toalha e guardanapos sujos;
• Caixas de papelão com resíduos orgânicos, gordura ou qualquer tipo de sujeira (caixa de pizza, por exemplo);
• Fraldas descartáveis e absorventes íntimos;
• Cabos de panelas e tomadas;
• Clipes, grampos, esponjas de aço e canos;
• Espelhos, cristais, cerâmicas e porcelana.
Esses materiais devem ser descartados no lixo comum.
Dicas simples para a prática da coleta seletiva
Você já reparou nos símbolos das embalagens? Eles mostram a composição do material e em qual local deve ser descartado. Estas informações ajudam na hora de fazer a coleta seletiva.
• Não misture recicláveis com orgânicos – sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Procure ter duas lixeiras em casa, uma para lixo orgânico e outra para lixo reciclável;
• Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados;
• Não molhe o material reciclável. Isso inviabiliza seu reaproveitamento;
• Papéis podem ser dobrados, mas não amassados;
• Lave as embalagens do tipo longa vida – latas, garrafas e frascos de vidro e plástico – antes de mandar para a coleta;
• Não jogue luvas e máscaras de proteção na lixeira de recicláveis. Coloque os materiais no mesmo saco, amarre bem e coloque em outro saco. É indicado usar dois sacos plásticos para uma maior proteção;
• Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou coloque em uma caixa ou garrafa pet para evitar acidentes.
6 curiosidades sobre o processo de reciclagem
1- O Brasil é o recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio. Segundo o Guia dos Curiosos, em 2012, 98% da produção nacional foi reaproveitada. Para se ter ideia, olha só como estão alguns países nesse ranking: Japão (92%), Estados Unidos (65%), Inglaterra (65%), Alemanha (64%) e Itália (64%).
2- Outra curiosidade é sobre o número de árvores que são poupadas. Uma tonelada de papel reciclado, por exemplo, significa deixar de cortar 54 árvores de pinus ou 34 eucaliptos com 12 metros de altura.
3- Para produzir 1 tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água e 5 mil KW de energia. Para produzir a mesma quantidade de papel reciclado, são usados apenas 2 mil litros de água e 50% da energia.
4- E mais: você sabia que 1 kg de vidro quebrado faz 1 kg de vidro novo? Esse material pode ser infinitamente reciclado!
5- Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. Ele deve ser descartado no mesmo recipiente do plástico. Por ser um processo não muito viável economicamente, esse material é pouco aproveitado. Existem algumas empresas que transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.
6- Por fim, um pouco da história da reciclagem. Estudos indicam que os japoneses utilizavam restos de papel na fabricação de outras folhas em 1031 a.C. Isso mesmo que você leu! Mas a reciclagem só foi adotada pela população em geral a partir da década de 1970. Nessa época, tomaram força os movimentos pela preservação do planeta, impulsionados principalmente pela primeira crise do petróleo.