Nessa grande final, em um jogo que controlou desde o início, a seleção argentina vacilou somente na reta final, quando cedeu o empate, na prorrogação, um 3 a 3 e disputa para os pênaltis, onde 36 anos depois voltaram a conquistar a Copa do Mundo.
Craque da competição, Messi brilhou mais uma vez, com dois gols marcados. O gênio termina a Copa do Mundo com 7 gols marcados, atrás apenas de Mbappé, e mais do que tinha somado nas outras três vezes que disputou o torneio. No tempo normal, a Argentina foi dominante por quase todos os 90 minutos, principalmente no primeiro tempo, quando abriu uma vantagem de dois gols.
A França, que só foi finalizar aos 65 minutos, teve um Mbappé fatal para marcar dois gols (entre eles um golaço) em um intervalo de dois minutos para levar o jogo para a prorrogação. A insanidade não acabou com o tempo normal. No primeiro tempo da prorrogação, a Argentina teve chances com Lautaro Martínez, mas desperdiçou.
Já na segunda etapa, Messi apareceu para decidir mais uma vez e recolocou a Argentina na frente. Só que Mbappé, foi frio em novo pênalti e deixou tudo igual. O campeão foi definido nas penalidades. Um show argentino Os primeiros minutos foram melhores para a Argentina, que ficou um pouco mais de tempo com a bola e mostrou agressividade para ter o controle do meio de campo e criar as primeiras chances. Primeiro, MacAllister soltou uma pancada de longe e Lloris defendeu. Pouco depois, De Paul recebeu em ótima posição, bateu cruzado e a bola bateu em Varane antes de sair pela linha de fundo.
A marcação francesa teve problemas para anular Messi, que flutuou bastante e se apresentou para criar o jogo argentino. Além disso, a França também foi nula no ataque, em uma atuação bastante discreta. Então, após ótima jogada, Di María entortou Dembelé e foi derrubado dentro da área. Pênalti marcado. Aos 23, Messi deslocou Lloris e deu início ao sonho argentino. Após o gol, o jogo ficou nervoso, com a tentativa da França de reagir imediatamente sendo frustrada por diversas paralisações.
O tempo passou e os franceses não conseguiram ter o controle do jogo, com seus craques completamente anulados, inclusive Mbappé, nulo em campo. Enquanto isso, Messi liderou a Argentina, sendo acionado a todo o instante. A França esteve mal e cedeu espaços. Então aos 36, em um contra-ataque perfeito, com Messi abrindo o caminho, MacAllister serviu Di María, que só tirou de Lloris e aumentou o placar para a Argentina. Atrás, a França já teve duas mudanças no ataque ainda no primeiro tempo, mas continuou sem levar perigo, sem sequer finalizar.
A Argentina fez o tempo passar e foi para o intervalo com grande vantagem. Mbappé ao resgate Na volta para o segundo tempo, a Argentina não quis saber de ficar apenas na defesa e impediu uma pressão da França, que até mostrou um pouco mais do que na primeira etapa, mas ainda muito aquém do esperado. Os minutos iniciais foram de pouco futebol, com muitas paralisações.
A primeira finalização do segundo tempo só aconteceu aos 14, quando Alvárez recebeu de Di María, bateu cruzado e Lloris espalmou perto da trave. Aos 16, em nova ótima jogada, De Paul fez o corta-luz, Messi dominou em ótima posição, mas foi travado por Rabiot. Já a França seguiu sem finalizar sequer uma única vez.
O jogo seguiu com a França em busca da reação, mas buscando muito o jogo pelos lados e jogando bolas na área. Enquanto isso, a Argentina tinha espaço para o contra-ataque e parecia mais perto do gol. A seleção francesa só foi finalizar aos 25, quando Mbappé abriu espaço, bateu da entrada da área e mandou por cima do gol.
A torcida argentina já ensaiava um ‘Olé’ nas arquibancadas, mas o drama começou quando em um lance que parecia despretensioso, quando Kolo Muani foi derrubado na área por Otamendi. Aos 35, Mbappé foi para a cobrança, bateu no canto e apesar de ter tocado na bola, Martínez não evitou o gol. A Argentina sentiu o gol sofrido e dois minutos depois, Mbappé teve espaço, tabelou com Muani e marcou um golaço ao bater de primeira e acertar o canto. Em dois lances, em dois minutos, uma final que parecia decidida mudou completamente. Com o estado anímico, a França sobrou na reta final e teve chances com Mbappé, que bateu por cima, e Rabiot, que parou em Martínez. Só que a melhor chance antes da prorrogação foi da Argentina, com Messi soltando uma pancada da meia-lua e Lloris brilhando em defesa espetacular.
Messi x Mbappé em duelo insano A prorrogação começou em um ritmo menor, com as equipes mais cautelosas, mas a França parecia estar mais tranquila, contra uma Argentina bastante nervosa. Além disso, a seleção francesa também pareceu mais inteira fisicamente e esteve campo de ataque por mais tempo. Mas as melhores chance foram da Argentina, sempre com Lautaro Martínez. Primeiro, a bola sobrou limpa para ele na área após jogada de Messi, mas demorou a chutar e foi travado por Upamecano. A disputa foi travada novamente, quando o centroavante foi lançado, ficou de frente para Lloris, mas o zagueiro francês travou a finalização mais uma vez.
No segundo tempo, a Argentina voltou a criar. Aos 2, Messi bateu uma bola no alto e Lloris caiu no cantinho para espalmar. Aos 4, com espaço, a Argentina fez grande jogada, Lautaro bateu forte, Lloris espalmou e Messi mandou para a rede no rebote. A França então teve que ir para cima com tudo e a final insana contou com mais um capítulo quando Mbappé finalizou e a bola explodiu no braço de Montiel dento da área. Aos 13, o craque francês foi frio, deslocou o goleiro e marcou seu hat-trick em final insana. Nos acréscimos, Kolo Muani saiu de frente para o gol, mas Emiliano Martínez fez uma defesa espetacular com a perna para levar a disputa do título para os pênaltis.
De volta à glória Os craques Mbappé e Messi abriram as cobranças para as suas seleções e não vacilaram, convertendo suas penalidades. Então Martínez brilhou e pegou a cobrança de Coman. Dybala converteu e colocou a Argentina na frente. Tchouaméni bateu mal, jogou para fora e complicou a vida francesa. Então Paredes também bateu bem e deixou a Argentina com uma mão na taça. Fofana até converteu o pênalti francês, mas como todo o sofrimento possível, o título tinha que ser argentino. Montiel manteve o 100% de aproveitamento e 36 anos depois, a Argentina conquistou o mundo.
Texto retirado de ogol.com.br
https://www.ogol.com.br/news.php?id=427910
FICHA TÉCNICA:
ARGENTINA (3)(4)
Emiliano Martínez; Molina (Montiel, início da prorrogação), Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala, 15’/2ºT prorrogação); De Paul (Paredes, 11’/1ºT prorrogação), Enzo Fernández e Mac Allister (Pezzella, Konaté, 9’/2ºT prorrogação); Di María (Acuña, 19’/2ºT), Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez, 11’/1ºT prorrogação). Técnico: Lionel Scaloni
FRANÇA (3)(2)
Lloris; Koundé (Disasi, 15’/2ºT prorrogação), Upamecano, Varane (Konaté, 7’/2ºT prorrogação) e Théo Hernández (Camavinga, 25’/2ºT); Tchouaméni e Rabiot (Fofana, 4’/1ºT prorrogação); Dembelé (Kolo Muani, 40’/1ºT), Griezmann (Coman, 25’/2ºT) e Mbappé; Giroud (Thuram, 40’/1ºT). Técnico: Didier Deschamps
GOLS: Messi (A), aos 22 minutos do 1º tempo e aos 3 minutos do 2º tempo da prorrogação, e Di María (A), aos 35 minutos do 1º tempo; Mbappé (F), aos 34 e aos 36 minutos do 2º tempo e aos 12 minutos do 2º tempo da prorrogação
PÊNALTIS: Messi, Dybala, Paredes e Montiel marcaram para a Argentina. Mbappé e Kolo Muani fizeram para a França, mas Coman e Tchouaméni perderam
CARTÕES AMARELOS: Enzo Fernández, Acuña e Paredes (A); Rabiot, Thuram e Giroud (F)
PÚBLICO: 88.966 pessoas
ARBITRAGEM: Szymon Marciniak, auxiliado por Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz. VAR: Tomasz Kwiatkowski (quarteto polonês)
LOCAL: Estádio Lusail, em Lusail