No espaço de um mês, a categoria já se reuniu diversas vezes para cobrar do governo Estadual e Municipal o cumprimento do pagamento do piso salarial da categoria, garantido pela Lei n° 11.738/2008.
Com faixas e microfone, os professores reivindicavam o pagamento do piso e os 12% referente ao plano de carreira do magistério.
A professora aposentada Sidnéia da Costa Pessoa, de 74 anos, com 45 de carreira, formou diversos professores. Ela reclama das condições dos profissionais que, segundo ela, muitos desistem da área, por causa da falta de valorização.
Sidnéia mostrou o contracheque no valor de R$ 2.349,62, referente a sua aposentadoria. Para ela a educação no Brasil não é prioridade.
“Esse governo desconsidera o nosso plano de carreira, não respeita o nosso piso salarial. É triste demais, a gente se dedica uma vida inteirinha e não recebemos o que é nosso por direito. É um absurdo! O nosso plano de carreira é o que garante um salário um pouco melhor”, afirma a aposentada.
O coordenador geral da SEPE, do núcleo de Itaboraí, Julio César, 50 anos. Diz que a comunicação com o governo é péssima, ele reclama não apenas do Governo do Estado, mas também do município, que segundo Júlio, foi expedido diversos ofícios para o governo município de Itaboraí, mas não obtiveram nenhum retorno, ele relata que o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli (PL), nunca vai aos encontros, só envia assessores e nunca dão nenhuma resposta sobre a situação dos profissionais.
“ O governo não apresenta qualquer proposta para recomposição salarial desses professores”, finaliza o coordenador.