Na volta às aulas, é importante se atentar à saúde oftalmológica da criança. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 10% das crianças com menos de quatro anos necessitam de óculos. O número chega a 20% entre crianças até 10 anos e 30% para o grupo de adolescentes. Porém, na fase escolar, é raro a criança relatar espontaneamente que não enxerga bem. Algumas crianças apresentam baixo rendimento na escola sem que pais ou professores sequer suspeitem que há relação com a visão. Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão está à disposição para falar sobre o assunto!
Fevereiro chegou trazendo o retorno das aulas dos pequenos. Nesse período, é normal que pais e cuidadores tenham mais cuidado com a rotina e redobrem alguns cuidados em relação às crianças. A visão saudável na infância por exemplo, é primordial para o desenvolvimento e aprendizagem.
De acordo com o oftalmologista Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, as doenças oculares infantis mais comuns são miopia, astigmatismo e hipermetropia.
“Além disso, há algumas alterações silenciosas que podem atrapalhar o desempenho escolar, como a ambliopia. Conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, a criança com essa condição tem apenas um olho bom, já o outro não se desenvolve”, detalha o especialista.
Há também os casos de estrabismos que, às vezes, não são aparentes, mas atrapalham a concentração para ler. Além disso, o Dr. Halim ainda cita os quadros de deficiências da visão das cores, conhecidas como “daltonismo”. “Elas são muito mais comuns do que imaginamos, podendo estar presente em uma a cada 12 crianças”, completa o oftalmologista.
Sinais de que há algo de errado com a visão da criança
Para saber se a criança tem alguma alteração na visão, é preciso prestar atenção a possíveis sinais de que há algo de errado:
- Dor de cabeça ao fazer um esforço visual;
- Apertar os olhos para tentar enxergar de longe;
- Torcicolo;
- Perda de interesse em atividades normais da infância;
- Trocar cores ao pintar;
- Esfregar e/ou coçar os olhos com frequência.
“Os professores podem também prestar atenção se o desempenho e interesse da criança muda quando está mais próxima ou mais afastada do quadro”, completa o Dr. Halim.
Assim, o ideal é aproveitar o começo do ano para levar o pequeno ao oftalmologista. Segundo o especialista, essa visita deve acontecer no mínimo uma vez por ano até os dez anos.
Cuidados essenciais na hora de estudar
O especialista explica que a criança deve estudar com uma boa iluminação, de preferência natural, e com uma distância adequada para ler.
“Além disso, é preciso ter a certeza de que a criança está conseguindo desempenhar as tarefas sem esforço visual excessivo. Para isso, é necessário saber se os olhos estão saudáveis ou se é necessária alguma correção com óculos, por exemplo”, cita o Dr. Halim. Para isso, o especialista reforça que é importante levar o pequeno ao oftalmologista com periodicidade.
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