O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que foi preso nesta segunda-feira (24) no Rio de Janeiro, deixou a cela na Superintendência da Polícia Federal no Rio para ser transferido para um presídio federal de segurança máxima.
Nesta terça-feira (25), ele embarca rumo a Brasília, porém a penitenciária onde ele ficará preso ainda não foi informada.
O pedido de transferência para esse tipo de penitenciária foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro – e deferido pela 4ª Vara Criminal do Rio na mesma decisão que definiu a prisão preventiva de Suel.
No pedido, além da execução de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o Ministério Público cita a participação de Suel em “crimes graves e audaciosos”, incluindo “organização criminosa armada para exploração de ‘gatonet’ em Rocha Miranda”, no subúrbio do Rio.
“Pelos motivos acima expostos […] defiro, em caráter urgente e liminar, sem prejuízo de posterior reconsideração após cumprido o contraditório, o pedido de transferência do Acusado Maxwell Simões Corrêa para estabelecimento penal federal de segurança máxima, a ser indicado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen)”, diz a decisão judicial.
Atualmente, outros dois réus por envolvimento direto no crime estão nesses presídios:
- Élcio de Queiroz, na Penitenciária Federal de Brasília (DF)
Ex-policial militar, Élcio de Queiroz está preso desde 2019 por suspeita de envolvimento no caso Marielle.
Já passou pelas penitenciárias federais de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Ele foi transferido para Brasília em junho, uma semana antes de assinar o acordo de delação premiada divulgado nesta segunda.
Réu confesso desde a delação, Élcio de Queiroz admitiu ter dirigido o carro usado pelo grupo para perseguir e executar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ele receberá benefícios em razão do acordo de delação premiada, mas seguirá preso.
Élcio foi expulso da Polícia Militar em 2015, depois de ser preso em uma operação contra uma milícia.
- Ronnie Lessa, na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS)
Ronnie Lessa é apontado pelas investigações como o executor da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
Assim como Élcio de Queiroz, está preso pelo crime desde março de 2019 e já passou pelas penitenciárias de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
Na delação premiada divulgada nesta semana, Élcio confirma que Ronnie foi quem disparou contra o carro que levava Marielle, Anderson e a assessora parlamentar Fernanda Chaves (única a sobreviver).
Na semana em que Ronnie Lessa foi preso, a Divisão de Homicídios (DH) da capital encontrou 117 fuzis incompletos na casa de um amigo dele no Méier, na Zona Norte do Rio. Ele foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas.
Em 2021, Ronnie Lessa e outras pessoas relacionadas a ele, como a esposa, Eliane, foram condenados por destruição de provas.
Os investigadores consideram que a submetralhadora usada para matar a vereadora e o motorista esteja no fundo do mar.
Fonte: G1