O Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) participa, pela primeira vez, da 75ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, levando a experiência do projeto Bem-viver Alimentar.
No painel “Economias territoriais e novas possibilidades de cooperação e de produção”, o diretor de Tecnologia do ICTIM, Marcio Campos, falou sobre o desenvolvimento de ecossistemas cooperativos territorializados, com destaque aos pilares da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC).
“Foi um debate enriquecedor, com pessoas interessadas em saber sobre essa nova economia, e a transição econômica, que também é necessária, além dos exemplos de casos que estão acontecendo no Brasil, como no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Manaus. Nesse aspecto, Maricá ganha pela experiência e pela nova lógica de trazer valor para o território, e isso é muito bom para todos”, destacou Campos.
Conferencista no painel, o professor titular do Departamento de Engenharia de Produção na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Francisco Lima, fez um resgate teórico sobre a Economia da Funcionalidade e da Cooperação, compartilhando a experiência de Belo Horizonte (MG) e comentou sobre os estudos de caso que vêm sendo realizados em Maricá.
“Venho acompanhando a experiência maricaense desde quando começaram com ações mais convencionais, trazendo grandes empresas numa lógica mais especializada e setorizada. O trabalho com os agricultores e o projeto de farinhas nutricionalmente enriquecidas do Empório I Piatti são muito interessantes. O passo a ser dado é como buscar a integração destes projetos, na perspectiva de criar um ecossistema cooperativo, no qual seja obrigado a construir, investir tempo em relações entre eles, que já estão em fase avançada”, sustentou.
Presente ao painel, o diretor de Inovação e Científica do ICTIM, Cláudio Gimenez, ressaltou que a experiência do Bem-viver Alimentar vai além do esperado, seguindo a proposta de transformação do modelo vigente.
“Maricá torna-se protagonista novamente no segmento, levando aos agricultores e às empresas a possibilidade de não competir, mas sim de cooperar com a preservação dos recursos ambientais, dando perenidade a esses meios, gerando valor para o agricultor, para que este possa adquirir maior qualidade de vida, produzindo alimentação saudável para a população”.
No painel, o diretor Gimenez explicou, ainda, que todos os benefícios conectados ao projeto Bem-viver Alimentar resultam como motivos para a multiplicação do método no estado do Rio de Janeiro e até mesmo pelo país, como referência na produção de alimentos.
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