Há 5 anos sem poder andar, com dores, vivendo a base de remédios tem sido a vida do morador de Itaboraí, José Aleilson Correia de 62 anos. Com problemas de circulação, José tem autorização para cirurgia vascular, autorizada desde 15/08/2022, devido a uma Vasculopatia Arterial Periférica, que prejudica a circulação do sangue nas pernas, impossibilitando José de caminhar. A obstrução dificulta a passagem do sangue, que se não tratado, pode até levar a amputação do membro.
O morador de Itaboraí, cumpriu com todas burocracias, entregando toda documentação na Unidade de Saúde da Família Maria do Rosário Oliveira, no Apolo II, em Itaboraí.
Para agilizar o atendimento, mesmo com dificuldades financeiras, já que é beneficiário do LOAS, pagou os exames pré-operatórios na rede particular, porém mesmo assim, não conseguiu fazer a cirurgia.
Segundo a irmã de Aleison, Teresinha Madalena Correia, de 66 anos, logo assim que deu entrada na documentação para que ele pudesse operar, ia com frequência no posto de saúde, para saber sobre o dia da cirurgia, mas lhe era passado para aguardar.
Cansada de tanta demora, Teresinha ligou para ouvidoria da Secretária de Saúde, na qual foi informada que não tinha nenhum pedido de Aleilson. Indignada voltou no posto, reclamou, disse que tinha ligado para ouvidoria, então encontraram a documentação do paciente, sendo que no papel estava escrito que a documento caducou, obrigando Teresinha ir novamente ao angiologista pegar outro pedido com o profissional. Foi dado entrada novamente na documentação, depois de aproximadamente 3 meses, voltou ao posto no dia 04/08, para saber o andamento. Lhe foi informada que novamente não foi encontrado a documentação. Sem acreditar que a documentação do seu irmão se perdeu, reclamou dizendo que iria para imprensa. A atendente pediu para que retornasse com as documentações sobre a situação do paciente, para que novamente pudesse refazer o pedido, já nesta segunda-feira, 07/08, Teresinha esteve novamente no local, sendo que faltou algumas documentações para que pudesse dar prosseguimento no pedido. A atendente prometeu que ao ser resolvida a documentação pedida, ira novamente dar prioridade ao atendimento de Aleilson.
O posto de saúde alega, que o primeiro pedido caducou, porque tentaram contato diversas vezes com o paciente, sem conseguir contato, o documento perdeu a validade, sendo que a irmã do paciente ia ao local com frequência para saber o andamento do pedido, Teresinha nega ter recebido ligações.
O primeiro pedido se passou a quase um ano e o segundo aproximadamente 5 meses. Enquanto isso, José Aleilson segue com dores sem conseguir andar.
“Descaso! Sinto muitas dores, cansado de ser passado pra trás, de ser enganado, estou sofrendo e ninguém faz nada”, lamenta José Aleilson.
A irmã do morador de Itaboraí, reclama do atendimento precário prestado ao seu irmão.
“Como pode sumir com documentos tão importantes dentro de um posto de saúde? Aqui ninguém sabe responder nada, o atendimento é péssimo, o prefeito e o secretário de saúde com certeza têm planos de saúde, por isso a falta de sensibilidade com quem mais precisa. Não adianta ter hospital bonito, se na hora que precisamos não atende a população,” disse Teresinha.
José Aleilson, já esteve internado no hospital Leal Junior, há aproximadamente 3 anos, por conta de dores na perna, ele ficou na unidade hospitalar por cerca de 90 dias, recebeu alta, mas o problema permaneceu.
Entramos em contato com a secretária de saúde de Itaboraí, para saber sobre a situação de Aleilson, se por conta desses acontecimentos ele receberá prioridade, se tem alguma previsão de cirurgia, mas até o fechamento dessa matéria não recebemos respostas.
O posto de saúde da família Maria do Rosário Oliveira, fica localizado na Rua lcebíades Gomes Pereira, lt. 48, qd. 40, Apolo II.