Uma tradição de mais de 50 anos em Itaboraí está sob ameaça à medida que a prefeitura da cidade inicia a retirada de cerca de 11 barracas de oleiros que vendem objetos artesanais na Avenida 22 de Maio, no quilômetro 27,5, no Centro. Os oleiros e comerciantes locais expressam preocupação com a falta de diálogo e opções alternativas oferecidas pela prefeitura.
Os oleiros, que produzem objetos artesanais tradicionais, estão consternados com a decisão da prefeitura. Eles argumentam que não foram consultados e que nenhuma alternativa foi apresentada para manter seus pequenos empreendimentos funcionando. A retirada das barracas ameaça uma tradição que remonta a mais de meio século, prejudicando as famílias que dependem dessa atividade.
Diante dessa situação, a deputada estadual Zeidan (PT) protocolou um projeto de Lei visando ao tombamento da olaria de Itaboraí como patrimônio histórico, cultural e imaterial do estado do Rio de Janeiro. O projeto tem como objetivo preservar a rica herança cultural e artística dos oleiros, reconhecendo a importância de sua contribuição para a identidade da região.
O conflito entre os oleiros e a prefeitura de Itaboraí destaca a necessidade de um diálogo aberto e construtivo entre as partes envolvidas, visando encontrar soluções que preservem as tradições locais e, ao mesmo tempo, considerem as necessidades urbanas e de desenvolvimento. O destino das barracas de oleiros permanece incerto, enquanto a comunidade aguarda uma resolução que respeite sua história e cultura.
Segundo a Prefeitura de Itaboraí, a transferência das barracas foi motivada pela continuidade nas obras de revitalização da Avenida 22 de Maio, segundo a prefeitura “Para minimizar os impactos dessa mudança, a Prefeitura vem se reunindo com os comerciantes há meses, tendo preparado um novo local escolhido por eles mesmos, e ainda participando de todos os passos da mudança e nova instalação”.