Cerca de 10 milhões de dívidas de até R$ 100 foram canceladas por meio do Desenrola Brasil, programa criado pelo Governo Federal para renegociar débitos da população que estava com o nome negativado nos serviços de proteção de crédito. Desde o início do programa, cerca de 7 milhões de pessoas já renegociaram suas dívidas, sendo um milhão de baixa renda. Os detalhes foram dados pelo ministro da Fazenda, Fernado Haddad, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa Conversa com o Presidente desta terça-feira (21/11).
Lula lembrou que quando assumiu a Presidência, no início deste ano, cerca de 70 milhões brasileiros estavam endividados, muitos deles, segundo o presidente, ficaram devendo compras de comida feitas no cartão de crédito. Por isso o governo criou o programa para que essas pessoas possam voltar a comprar. “A gente quer que o povo brasileiro volte andar de cabeça erguida”, destacou o presidente.
O ministro da Fazenda lembrou que foi preciso criar uma plataforma que agregasse todas as dívidas dos brasileiros e, depois, foi feito um leilão dessas dívidas e os bancos que ofereceram os melhores descontos entraram no programa. “O desconto médio é de 83%, podendo chegar a 99% em alguns casos. A pessoa deve R$ 1 mil, pode quitar com R$ 170 a dívida dela. E detalhe, se a pessoa ganha até dois salários mínimos, que são 20 milhões de brasileiros, nós parcelamos essa dívida”, explicou Haddad.
Cinco dias depois que a dívida é quitada ou renegociada, a pessoa já fica com o nome limpo na praça.
Nesta quarta-feira (22/11), o Governo Federal promove o “Dia D – Mutirão Desenrola”, ação em parceria com organizações da sociedade civil, bancos e outros credores para fomentar as renegociações de débitos e ampliar o alcance do programa. Neste dia, os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências. “Vai ser muito bom se a gente entrar em 2024 sem dívida. É uma oportunidade extraordinária. Desenrole a sua vida”, recomendou o presidente.