Um dos mais importantes jazigos de fósseis do Brasil, o Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí, recebeu a visita de professores de diferentes áreas da Universidade Federal Fluminense (UFF), nesta quarta-feira (17/01). Entre os visitantes, estiveram pesquisadores de Geologia, Geoquímica, Geofísica, entre outros.
Acompanhados pelo gestor da Unidade de Conservação (UC), Luís Otávio Castro, que também é paleontólogo e doutorando em Geociências com ênfase em Paleontologia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelos guardas do Grupamento Especial de Proteção Ambiental (GEPAM), da Guarda Municipal, os acadêmicos percorreram as imediações do parque em prol de pesquisas de campo, que vão contribuir para a formação acadêmica e elaboração de atividades extracurriculares durante o primeiro semestre de 2024.
Entre os principais objetivos estiveram o levantamento de dados específicos do parque, análise da viabilidade do emprego da técnica de cada área específica e potencialização de visita dos acadêmicos para futuras pesquisas de campo. Durante a visita técnica, os pesquisadores passaram por uma abordagem técnica sobre cada área do parque, visitaram o museu do Parque Paleontológico e participaram de uma trilha guiada até a Bacia de Itaboraí, onde tem um lago formado pelo processo de mineração das rochas calcárias, em que podem ser observadas rochas e fósseis em seu lugar original (in situ), datados de aproximadamente 58 milhões de anos.
“Entre muitos, um dos papéis do parque é contribuir de forma prática com a formação de profissionais da área da geociência. E ver o parque despertando interesse de professores/pesquisadores do curso de Geofísica da UFF é muito gratificante para nós, além de deixar clara a importância de preservação e promoção do acesso de todos à nossa Unidade de Conservação”, disse o gestor do parque, Luís Otávio Castro.
Localizado no distrito de Cabuçu, o parque foi criado com o objetivo de salvaguardar uma bacia sedimentar de rochas calcárias de milhões de anos, rica em fósseis de vegetais, aves, anfíbios, répteis e mamíferos. O professor do Curso de Graduação em Geofísica da UFF Fernando Freire destacou a importância da visita técnica para os pesquisadores.
“O nosso objetivo com essa visita técnica é explorar esse importante espaço, unindo todo o conhecimento dos profissionais de diferentes áreas e levantar dados geofísicos para a criação de grupo de pesquisa vinculado à universidade. O parque tem fundamental importância nesse processo e teremos nos próximos meses a participação dos alunos de cada área nessas visitas”, disse o professor.
Fonte/Foto Prefeitura de Itaboraí