A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, vistoriou mais de três mil locais no primeiro mutirão intersetorial de combate à dengue, que aconteceu neste sábado (24/02) nos distritos Centro e Itaipuaçu. Ao todo, 221 agentes comunitários de saúde e de combate às endemias realizaram visitas a imóveis para identificar e eliminar possíveis focos do Aedes aegypti, além de compartilharem orientações preventivas à população. Dezenas de profissionais da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar), do Centro de Operações de Maricá (Comar) e da Secretaria de Proteção e Defesa Civil também atuaram na iniciativa.
As atividades de vistoria de imóveis, terrenos baldios, recolhimento de resíduos inservíveis e monitoramento de áreas públicas se concentraram nas localidades Manu Manuela (em São José do Imbassaí), Condado e Jardim Atlântico Leste (em Itaipuaçu). Essas regiões foram as escolhidas para o mutirão inicial por terem um número maior de casos notificados, evitando o avanço da doença e interrompendo o ciclo de desenvolvimento do mosquito transmissor.
Em outra frente de trabalho, diversas áreas dos distritos também receberam uma ação específica de distribuição de material informativo e conscientização dos moradores, compartilhando ações diárias para combater os focos do Aedes aegypt. Essa dinâmica ocorreu na Praça Orlando de Barros Pimentel, em frente à sede da Prefeitura, na Rodoviária de Maricá, no shopping Boulevard Maricá, no entorno do Centro Administrativo da Prefeitura em Itaipuaçu, no Terminal Rodoviário do distrito e na Praça do Barroco.
A secretária de Saúde, Solange Oliveira, participou da mobilização e destacou o seu papel no combate à dengue, lembrando que as atividades seguirão.
“A primeira ação integrada teve resultados importantes, com diversos setores públicos somando forças para enfrentar os focos e divulgar as medidas preventivas. Podemos controlar a dengue e é necessária a atuação de todos, contribuindo em casa, nas escolas e em outros espaços. Maricá não vive uma epidemia, mas precisamos evitar o crescimento dos casos, por isso seguimos com os mutirões e o trabalho do dia a dia”, afirmou.
Contribuição coletiva
O trabalho de vistoria dos agentes de combate às endemias é realizado em ciclos contínuos, com a fiscalização de possíveis focos, além de divulgarem ações diárias que devem ser adotadas pelos moradores e esclarecerem dúvidas. Lembrando que a população pode denunciar possíveis focos do Aedes aegypti pela Central 156, onde ela será oficializada e apurada para posterior visita ao local, caso necessário.
Mônica Amaral, moradora do bairro Condado, recebeu os agentes em sua residência e ressaltou o papel da iniciativa para a proteção coletiva.
“Essa atividade é super importante para toda a comunidade local, nos mantendo mais seguros e cientes das medidas preventivas. Por isso, peço que cada um faça a sua parte e siga as orientações dos profissionais para que tudo siga bem”, pontuou.
Mutirões e ações diárias
A mobilização intersetorial de enfrentamento à dengue continua no próximo sábado (02/03), direcionado aos distritos de Inoã e de Ponta Negra, com foco em áreas onde há um número elevado de casos notificados e concentrados. Além disso, na próxima semana, serão abertos polos exclusivos de atendimento aos casos suspeitos de dengue, que funcionarão na Rua Álvares de Castro, 337, em frente à sede da Prefeitura, no Centro, e na Rua Van Lerbergue (antiga 34), esquina com a Rua Elisa Vieira Veras (antiga 52), no Jardim Atlântico, em Itaipuaçu.
Em paralelo a esse trabalho, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil segue orientando aos moradores com o envio de mensagens periódicas por SMS e WhatsApp, divulgando ações preventivas contra a dengue. As Unidades de Saúde da Família (USF) continuam promovendo dinâmicas descentralizadas direcionadas aos usuários de cada região, unindo conscientização e busca ativa aos focos.
Nas redes sociais da Prefeitura, a divulgação de materiais multimídia de enfrentamento à doença continua. A campanha “Maricá Contra a Dengue” inclui orientações para o dia a dia, esclarecimento sobre os sintomas e indicações de quando procurar atendimento médico.
Evitar água parada é essencial
O mosquito Aedes aegypti transmite não só a dengue, como também a dengue, a zika e a chikungunya. Para combatê-lo, a população deve manter: caixas d’água, galões, tonéis, poços e tambores vedados; bandejas de geladeira e ar-condicionado sem água; pneus sem água e em locais cobertos; garrafas vazias e baldes virados para baixo; ralos limpos e com telas; vasos sanitários sem uso fechados; piscinas e fontes sempre tratadas; quintal sem lixo e/ou entulho; calhas totalmente limpas; além de ser indicado eliminar os pratos dos vasos de plantas.
Fotos: Bernardo Gomes