Obras no Ciamar estão avançadas; inauguração do projeto piloto está prevista para maio
A Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), sob o comando do presidente Hamilton Lacerda, segue inovando no cultivo de camarões na cidade. Desta vez, a empresa, por meio do Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá (Ciamar) -, que já opera com a produção do crustáceo – vai ter uma fábrica de ração para alimentar os mais de 200 mil camarões que estão sendo cultivados no ambiente controlado.
A expectativa é que a fábrica produza cerca de 400 toneladas por ano. A capacidade pode chegar a 1.200 toneladas anuais.
As obras do local estão avançadas e o projeto piloto deve ser finalizado em maio.
“É uma iniciativa importante para o desenvolvimento da cidade. Inicialmente, teremos a ração para os camarões. E depois vamos diversificar a produção”, diz Hamilton Lacerda.
Segundo o coordenador do Projeto Lagoa Viva, Eduardo Britto, a linha de montagem da fábrica consegue produzir em torno de 350 quilos de ração por hora.
“A primeira parte consiste na pesagem das matérias-primas que estão estocadas, entre elas, sojas e outros aditivos necessários para a produção. Depois, vem a primeira fase da moagem, e o processo de mistura”, explica.
Além de fábrica de ração para camarões, o local tem capacidade para produzir alimento para frangos e outros animais que são demandados pelo município, aumentando o leque de produtos e de oportunidades de negócios que podem derivar do projeto inicial.
Formulações
Enquanto as obras estão a todo vapor para que o local seja entregue no aniversário de Maricá, a equipe responsável está no processo de formulação das rações.
“O Ciamar já nasceu com essa ideia da produção da própria ração que os camarões iriam consumir. Temos as fórmulas prontas, só esperando realmente a fábrica ficar pronta para começar a produzir”, conta a diretora de Operações do Projeto Lagoa Viva, Savana Carneiro.
Savana explica que, no terreno da fábrica, também vai haver laboratórios para que sejam feitas as análises das rações que estão sendo produzidas. O diferencial é que, com a pesquisa, é possível observar o que precisa melhorar para que o camarão se desenvolva melhor.
“São dois laboratórios de análises. Um deles é de bioensaio, onde teremos tanques menores para poder fazer os experimentos em relação a efetividade do processo”, afirma Savana.
Fábrica de congelados
O Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá inclui, ainda, uma unidade de beneficiamento de camarões, com a fábrica de congelados e uma cozinha industrial que também vai ser construída no terreno.
“Dessa forma, conseguimos fechar todo o ciclo do camarão no mesmo local, é isso é superinovador, ainda mais sendo estruturado por uma companhia municipal”, analisa Savana.
Geração de empregos
Segundo os gestores do projeto, nessa primeira fase da fábrica de ração, no qual a produção vai ser voltada aos projetos internos, a expectativa é de contratar cerca de 20 pessoas. Com o aumento na produção, esse número de contratação também deverá aumentar.
Foto: Banco de Imagem