O Aeroporto de Maricá acaba de multiplicar a sua capacidade operacional ao inaugurar nesta terça-feira (19) o Pátio 3. O local tem capacidade para atender 13 aeronaves de grande porte, as S-92, consideradas gigantes do offshore.
Com a expansão, o aeroporto administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) entra em um novo patamar de crescimento, atendendo novas demandas da Petrobras por transporte aéreo para plataformas de petróleo do pré-sal.
“Isso faz parte da história da transformação de Maricá com o Aeroporto, que é um ativo importante do desenvolvimento econômico e social da cidade. Eu ouvi do brigadeiro Bertolino (representante do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – Decea) que este pátio não deixa a desejar para nenhum outro pátio de qualquer aeroporto. Isso é desenvolvimento e afirmação de Maricá para ela e também para fora da cidade”, disse o prefeito Fabiano Horta na cerimônia de inauguração.
Segundo o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rogério Benevides, o investimento em offshore traz uma série de consequências, como desenvolvimento econômico, bem-estar social, atividades e oportunidades profissionais.
“Além da operação local, são mais restaurantes, mais circulação de moeda. Investimento que não é só para Maricá, vai trazer para o estado uma estrutura ainda melhor de atendimento offshore. Uma das mais importantes indústrias desse país”, analisou.
Mais de 700 mil passageiros
Com as operações no novo pátio, a previsão é que o número de passageiros chegue a 724 mil, em 2024, já que todas as 13 posições vão ser ocupadas gradativamente até o fim do ano. Para comparação, em 2023 foram 23 mil pessoas embarcando em Maricá, um valor 360% maior que em 2022, com 5 mil.
Até a entrega do Pátio 3, o local tinha uma única posição para helicópteros S-92 e outras seis vagas para aeronaves de asa rotativa de menor porte, divididos nos Pátios 1 e 2.
O presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, estimou que, com as novas operações, os voos diários vão mais que dobrar, de 18 para 43.
“Estamos cumprindo mais uma etapa, mas ainda virão novas e importantes fases. Vamos realizar outras obras de expansão e, com o aumento do número de operações, a previsão de geração da receita do Aeroporto de Maricá de R$ 55 milhões em 2024”, afirmou Lacerda.
Aeroporto competitivo
O Aeroporto de Maricá tem localização estratégica, a 50 minutos de voo das plataformas de petróleo do Campo de Búzios, na Bacia de Santos, o maior em atividade no pré-sal. Voos mais curtos significam economia para as empresas que fazem esse transporte. O aeroporto também é competitivo em termos de tarifas e pelo recém-entregue posto de abastecimento de aeronaves, que oferece um dos preços mais competitivos do estado no combustível para as aeronaves.
O representante do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o brigadeiro Ary Rodrigues Bertolino, afirmou que em 5 ou 10 anos, Maricá vai ser a principal cidade em termos de circulação de aeronaves “depois da Ponte Rio-Niterói”.
“Maricá começou com uma pista pequena, foi investindo, e, hoje, eu digo para vocês com toda tranquilidade: eu não conheço, no Brasil ou na América Latina, um aeroporto que tenha uma capacidade desse porte de 13 aeronaves. Quer dizer que nem na Força Aérea nós temos tantas posições dedicadas a helicópteros de grande porte como temos aqui em Maricá”, afirmou.
Conheça o Pátio 3
Área: 20 mil metros quadrados
Capacidade: 13 aeronaves
Tipo: Helicóptero S-92, que pesa 7 toneladas vazio
Fluxo de passageiros: cada helicóptero leva até 19 passageiros
Foto: Paulo Ávila e Matheus Alte