Nos meses de julho e agosto, com as festas típicas dessa época, aumenta a quantidade de balões no céu. A ação, que é crime, oferece riscos à população, pois pode causar incêndios e explosões na cidade, além de poluir o meio ambiente devido à emissão de carbono.
No caso de Maricá, que tem um aeroporto, o perigo se torna ainda maior. Além de causar incêndios, os balões podem colidir com aeronaves em pleno voo, comprometendo a segurança dos passageiros e da tripulação que estejam no avião.
Por isso, a equipe de segurança do Aeroporto de Maricá alerta para os riscos e pede ajuda da população para denunciar a ação. Soltar balões é crime e, segundo estabelecido no Artigo 261 do Código Penal, quem realiza essa prática pode pegar de 2 a 5 anos de detenção.
“Nós temos materiais altamente inflamáveis aqui no Aeroporto de Maricá, como 100 mil litros de combustível em nosso posto de abastecimento”, explica Frederico Ferreira, coordenador do sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO) da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).
Ele explica ainda que, mesmo que o balão seja solto em municípios vizinhos, o objeto pode chegar em Maricá, por meio do vento, e cair na cidade.
Dados no Brasil
Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), estima-se que cerca de 100 mil balões são soltos anualmente no Brasil. O impacto causado pelo objeto, caso ocorra um choque, é enorme.
De acordo com o Cenipa, se um balão com um peso de 50 kg colidir com um avião a 400 ou 450 km/h, o impacto vai ser de cerca de 100 toneladas.
Como denunciar
* Pelo telefone da Polícia Militar, por meio do número 190.
* Por meio do canal “Fale com a ANAC”, no site:
https://www.gov.br/anac/pt-br/canais_atendimento/fale-com-a-anac
* Ou no canal “Serviço de Atendimento ao Cidadão”, do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no site: https://servicos.decea.mil.br/sac/?i=home
Crédito fotográfico: Leonardo Fonseca