Na última sexta-feira, 13 de setembro, a Secretaria Municipal de Conservação do Rio de Janeiro confirmou o furto da placa de identificação da estátua de Marielle Franco, situada no Centro da cidade. A estátua, que presta homenagem à vereadora assassinada em 2018, teve sua placa de identificação removida de maneira ilegal.
A Secretaria de Conservação lamentou profundamente o ato de vandalismo e afirmou que o caso será registrado na delegacia local. Em comunicado, a Secretaria garantiu que uma nova placa de identificação será preparada para substituir a que foi furtada.
O furto foi amplamente denunciado pelo deputado federal Chico Alencar, do PSOL, que questionou a Prefeitura sobre as medidas que serão tomadas para resolver o caso e assegurar a instalação de uma nova placa. Alencar observou a peculiaridade do furto, já que outras placas, como as do monumento ao Lions Club localizado em frente à estátua de Marielle, permaneceram intactas. “É preocupante que apenas a placa que homenageia nossa vereadora tenha sido removida. Esse ataque não será ignorado e vamos exigir respostas”, declarou o deputado em uma postagem.
A estátua de Marielle Franco, com 1,75 metros de altura, está localizada no Buraco do Lume, na Praça Mário Lago. A escultura foi financiada por uma campanha de arrecadação online promovida pelo Instituto Marielle Franco e custou quase R$ 40 mil. A obra, criada por Edgar Duvivier, foi inaugurada em 2022.
Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março de 2018, no Centro do Rio. O carro em que estavam foi alvejado por tiros após a vereadora deixar um debate político na Lapa. Fernanda Chaves, assessora que também estava no veículo, conseguiu escapar com vida.
No ano seguinte, em 2019, a polícia prendeu Ronnie Lessa, identificado como o executor dos disparos. A arma utilizada no crime nunca foi encontrada. Durante sua delação premiada, Lessa implicou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes e mencionou o envolvimento do delegado Rivaldo Barbosa. Todos os três foram presos em março deste ano, mas negam qualquer envolvimento no assassinato.
O furto da placa da estátua de Marielle Franco sublinha a importância de manter viva a memória da vereadora e reforça a necessidade de justiça contínua para ela e suas vítimas.
Foto: Ilustrativa