A Polícia Federal, em seu relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado, concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o líder do plano arquitetado no final de 2022, embora o golpe não tenha sido consumado devido a “circunstâncias alheias à sua vontade”. O relatório aponta que Bolsonaro teve total controle sobre as ações executadas pela organização criminosa que visava a instauração de um golpe e a abolição do Estado Democrático de Direito.
De acordo com o documento, as provas obtidas durante a investigação confirmam que Bolsonaro planejou e dirigiu diretamente as ações para enfraquecer o sistema eleitoral, começando já em 2019 com ataques à segurança das urnas eletrônicas. Após sua derrota nas urnas em 2022, o ex-presidente chegou a elaborar um Decreto com a intenção de promover uma ruptura institucional e barrar a posse do governo legitimamente eleito.
Além dessa investigação, Bolsonaro também foi indiciado em três inquéritos pela Polícia Federal este ano: por envolvimento com joias de luxo, falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e, agora, pela tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente permanece inelegível até 2030.