A presença das policiais na Patrulha Maria da Penha, além de atender a requisitos técnicos, é muito importante, pois é recomendado que mulheres vítimas de violência sejam atendidas por profissionais do sexo feminino, isso porque a maior parte das vítimas se sente mais à vontade para relatar o ocorrido a outra mulher. Além disso, a atuação das policiais na corporação contribui para a visibilidade da presença feminina na PMERJ e funciona como referência, mostrando que mulheres podem ser o que quiserem e que homens e mulheres podem sim trabalhar juntos e em condição de igualdade”, afirmou.
determinadas profissões. Às vezes percebo a expressão de surpresa das pessoas quando entro no mar para fazer um salvamento, por exemplo. Por outro lado, fico muito feliz quando meninas me param na praia para falar comigo. É como se eu pudesse mostrar a elas que podem sim ingressar em qualquer profissão, se for da vontade delas. A exaustão mental e física de um treinamento para o corpo de bombeiros é a mesma para mulheres e homens, temos capacidade de estar onde quisermos”, afirmou.
A diretora do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, delegada Sandra Ornellas, realiza um papel fundamental na vida de mulheres que sofrem violência doméstica. Ela é responsável pelas 14 delegacias especializadas ao atendimento à mulher no estado do Rio (Deams). Delegada há 21 anos, ela está à frente desse departamento desde julho de 2020 e ressalta a importância do serviço que liberta as mulheres de agressores e transforma a história de vida delas.
É um trabalho que me dá muita alegria e satisfação porque, além de punir os agressores, nossa função também é encorajar essas mulheres. Uma das principais portas de entrada para esse atendimento é da delegacia. Dali elas são encaminhadas para outros órgãos para que tenham o acolhimento necessário. Cada vez mais procuramos acoplar à Deam outros serviços. Agora estamos fazendo uma parceria para a UFRJ para encaminhar as mulheres para cursos, pois sabemos que muitas vezes a vítima não consegue sair do ciclo de violência por dependência econômica, então estamos agilizando esses convênios. Atuar nessa área e conseguir mudar a vida de muitas mulheres é gratificante”, disse a delegada.
Outra mulher que desempenha papel de destaque na Segurança Pública do estado é a tenente-coronel Claudia Moraes. Ela é subchefe do Escritório de Programas de Prevenção da Polícia Militar. Entre os projetos está o Programa de Resistência às Drogas (Proerd), voltado para a prevenção primária ao uso de drogas, com uma atuação especializada para o ambiente escolar e a Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, voltado para o atendimento a mulheres em situação de violência doméstica com cobertura em todo estado. Em ambos, há forte participação das policiais militares, sobretudo na Patrulha Maria da Penha que conta com quase 50% do efetivo formado por mulheres.
A presença das policiais na Patrulha Maria da Penha, além de atender a requisitos técnicos, é muito importante, pois é recomendado que mulheres vítimas de violência sejam atendidas por profissionais do sexo feminino, isso porque a maior parte das vítimas se sente mais à vontade para relatar o ocorrido a outra mulher. Além disso, a atuação das policiais na corporação contribui para a visibilidade da presença feminina na PMERJ e funciona como referência, mostrando que mulheres podem ser o que quiserem e que homens e mulheres podem sim trabalhar juntos e em condição de igualdade”, afirmou