No mês passado, um pequeno estudante de 11 anos e morador de Campinas, sugeriu a ideia de fazer um trabalho sobre o mês do orgulho LGBT+ em um grupo de WhatsApp de sua escola. Entretanto, um membro respondeu: “Boa noite sou mãe de um aluno e essa mensagem acima é um absurdo”.
Em sequência, outros pais também começaram a atacar a ideia. Quando foi no dia seguinte, a irmã mais velha do garoto chegou em casa e se deparou com ele chorando no telefone, enquanto conversava com a coordenadora da escola.
“Ela ligou para o meu irmão e disse para ele que a sugestão era um absurdo e inadequada para a idade dele. Ela ainda disse que se ele não apagasse a mensagem, iria tirá-lo do grupo’’, relatou.
A irmã chegou a discutir com a coordenadora e com os pais que estavam no grupo, mas em seguida foi colocada no grupo uma restrição onde apenas os administradores poderiam enviar mensagens. O garoto ficou muito abalado com o ocorrido, passou dias chorando e até sem comer.
Mesmo que a direção da escola não tenha mais entrado em contato com a família, o garoto conseguiu o auxílio de um psicólogo. Um boletim de ocorrência de preconceito e intimidação foi registrado, enquanto a Secretaria Estadual de Educação informou que tomará as “medidas cabíveis”.