Em meio a discussões na COP26 sobre clima, aquecimento global e iniciativas sustentáveis, o governo do Rio de Janeiro lançou uma importante e ambiciosa meta, que é aumentar em 10 pontos percentuais a cobertura de Mata Atlântica no Estado. O projeto fluminense quer ampliar de 30% para 40% a presença do bioma no Rio até 2050. Se isso for realmente alcançado, serão mais 440 mil hectares recuperados. O governo fluminense estima que esse aumento tem o potencial de absorção de quase 160 milhões de toneladas de CO2. No ano passado, o Estado lançou um programa, o “Florestas do Amanhã”, que promete reflorestar mais de 5 mil hectares de Mata Atlântica no Estado com plantio de 2,5 milhões de mudas de espécies do bioma em Unidade de Conservação e em outras áreas consideradas prioritárias.
Há outras iniciativas de recuperação, restauração, conservação e até mesmo de reflorestamento, além de uma espécie de ICMS ecológico para iniciativas em Unidades de Conservação federais, estaduais, municipais e particulares. O governo do Rio estuda também lançar uma plataforma para negociar créditos de carbono. O Estado pode ser, segundo o secretário estadual de Fazenda, Nelson Rosa, uma espécie de “hub” nacional. “O Brasil, também por característica e pelas suas florestas, tem muita capacidade de negociação. Estima-se que de 3o% a 40% do mercado de crédito de carbono no mundo esteja no Brasil. Obviamente, nada mais interesse do que a gente fazer. No Rio de Janeiro, a ideia é você atrair o mercado financeiro para o Estado, mas com foco em ativos sustentáveis, nessa nova economia, na nova “fronteira verde”: que é o desenvolvimento a partir do ambiente”, explica Rosa. O Estado pretende organizar em 2022 uma conferência sobre clima batizada de “Rio +30”, uma alusão a 30 anos depois da emblemática “Rio 92”.