O MPRJ informou que não houve mandante do furto e que dois dos celulares foram recuperados. Segundo relato à Justiça, no dia 28 de junho o Gaeco iniciou uma obra em suas dependências. No mesmo dia, um adolescente foi admitido no grupo como estagiário não forense. Entre as modificações na estrutura física do Gaeco, houve a alteração do local do depósito de bens e serviços. Estagiários e servidores fizeram o transporte de bens de um local para outro.
No dia 15 de julho funcionários do grupo perceberam que, no depósito, havia dois invólucros plásticos rasgados, “sem o respectivo telefone em seu interior”. Em seguida, foram identificados outros invólucros violados, “sem os respectivos bens (telefones, tablets e laptops)”.
Investigações do Gaeco identificaram o estagiário como o autor do furto. Procurado, o menor não foi localizado nas comunidades do Mandela e do Arará, onde residiria. Mas, como foi desligado do estágio, sua mãe telefonou para o MP a fim de saber a razão, ocasião em que foi pedido o comparecimento do jovem ao órgão. Em 21 de julho, ele esteve no local, confessando que, entre 8 e 15 de julho, subtraiu diversos aparelhos. Devolveu dois celulares que ainda estavam com ele e indicou nomes de receptadores dos demais equipamentos.
O Gaeco afirma que “o estagiário se aproveitou de uma oportunidade e subtraiu os celulares e que os dados do aparelho celular que constavam por ocasião da apreensão já tinham sido extraídos quando ocorreu o furto. Não houve perda de informação que prejudicasse a investigação original”.
A especializada disse ainda que “foi solicitado ao Juízo, que fossem extraídos novos dados contidos no aparelho após o furto (inseridos após o terceiro comprar do receptador), para instruir nova investigação em curso sobre organizações criminosas especializadas no roubo e receptação de celulares”. Esta outra investigação, em andamento, busca identificar a teia de receptadores que alimentam o mercado de furto e roubo de telefones celulares.