Os concurseiros de plantão têm apenas esta semana para se inscrever no processo seletivo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo 2022. Até a sexta-feira, 21, o concurso que oferecerá mais de 206 mil vagas estará com oportunidades abertas. No Rio de Janeiro, são mais de 17 mil chances disponíveis. Há chances para pessoas com Nível Fundamental e Nível Médio. Para isso, especialistas explicam como se preparar para o concurso.
O diretor pedagógico da Degrau Cultural, Marcos Brito, destaca que há tempo suficiente para o candidato estudar todo o conteúdo programático e obter um bom desempenho na seleção. No entanto, ele alerta que é preciso iniciar a preparação o quanto antes.
“O conteúdo programático para o concurso para recenseador do IBGE é relativamente curto, sobretudo se comparado a outras seleções de grande porte. Serão cobradas apenas quatro disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ética no Serviço Público e Conhecimentos Técnicos. Mesmo com o edital já publicado, há tempo hábil de se fazer uma boa preparação, mas é preciso iniciar os estudos desde já. Caso contrário, as chances de se obter aprovação vão diminuir bastante”, disse.
Segundo o professor Antonio Pisseti, a melhor forma de se preparar para o concurso do IBGE é realizar muitos exercícios e provas anteriores do concurso.
“Verificar as provas anteriores não é somente uma boa referência, mas uma estratégia necessária de estudos. A prática de exercícios é a melhor forma de fixar os conteúdos estudados. Sempre digo aos alunos que uma coisa é conhecer os conteúdos e outra é saber usá-los e entender como serão cobrados em prova. Isso ajuda muito a entender o estilo de questões que a banca tem utilizado em provas anteriores”, garantiu Pisseti.
Além disso, conhecer o perfil de prova da banca organizadora que, neste caso, é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), é um outro fator determinante para ser aprovado no concurso para recenseador do IBGE, afirma Brito. “Conhecer o perfil de prova que a banca elabora é um grande diferencial competitivo para o candidato, pois ele ganhará tempo focando nos assuntos mais recorrentes da disciplina e não cairá nas famosas ‘pegadinhas’ que são elaboradas para derrubar os mais inexperientes”, disse.
A professora de Língua Portuguesa Nívia Xavier explica que, normalmente, a FGV costuma elaborar provas com bastante interpretação textual e pouca gramática. Ainda assim, ela estará presente e, por isso, os aspectos gramaticais devem ser também estudados.
“É bom os candidatos terem bastante base em interpretação, acentuação, ortografia, pontuação, uso de palavras sinônimas e antonímias e morfologia. Cuidado com a extrapolação que pode ocorrer nas questões de interpretação. Além disso, atenção ao Novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, pois muitas palavras perderam o acento e outras sofreram alterações ortográficas no uso do hífen”, disse ela.
Na matéria de Matemática, os concurseiros devem ter atenção aos temas de porcentagem, grandezas proporcionais e sistemas de medidas, que costumam ser os mais explorados. “Estudem também razão, proporção, escala e noções de geometria plana”, indicou a professora Raquel Fonteneles.
A melhor forma de estudar a disciplina de Ética é através do Código de Ética do IBGE. “Acredito que a FGV não vai se arriscar muito e vai elaborar uma prova com questões mais literais. Contudo, o candidato não pode ignorar os conceitos de ética, moral e valores, para que possa acertar perguntas que tragam algum contexto prático. As vedações e os deveres dos servidores públicos são assuntos que certamente serão explorados na prova para recenseador do IBGE”, explicou Maurício Soares.
Já em Conhecimentos Técnicos, a orientação é ler a apostila “Estudos dos Conhecimentos Técnicos”.