A pensionista Marisa de Barros, de 81 anos, foi surpreendida, na noite desta quarta-feira (23), com uma mensagem no seu celular enviada por SMS. No comunicado, havia informações sobre uma criança desaparecida. Sem saber que já estava funcionando o Alerta Pri, que começou a ser disparado pela Polícia Civil naquele mesmo dia, a idosa ficou com medo do aviso se tratar de um golpe.
O Alerta Pri tornou obrigatória a divulgação de fotos e informações das vítimas pelas companhias de telefonia celular.
“Na mensagem vem um link para mais detalhes, mas por medo de ser golpe, nem cliquei. Às 21h30 recebi outra mensagem perguntando se queria continuar recebendo o serviço. A iniciativa é muito importante, mas precisa ser bem divulgada para a população ter confiança e participar, olhar os perfis dos desaparecidos”, comenta Marisa.
Chamado de Alerta Pri, em homenagem à Priscila Belfort, desaparecida em 2004, foi criado após a sanção da lei nº 9.182/ 2021, de autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch (PSC). De acordo com a equipe do gabinete do deputado, a base dedados de quem recebe as mensagens é do Estado. São escolhidos, aleatoriamente, três milhões de telefones. Essa base é alterada de forma a não se repetir. Ou seja, excluindo aqueles que se cadastraram, os que receberem a mensagem em um dia não receberão na data seguinte.
Essa operação do sistema vai se repetindo até a base virar de novo, quando todos os quase 21 milhões de telefones receberem as mensagens. Os dados são fornecidos pelo Estado e pelas empresas de telefonia. Depois do primeiro disparo, que foi na noite desta quarta-feira, as pessoas receberam horas depois uma mensagem de confirmação se queriam continuar recebendo ou se queriam se descadastrar. As informações são repassadas pelo número 55190. Quem não foi escolhido, aleatoriamente, ainda tem a opção de informar o CEP para o 55190 e passar a receber o alerta por SMS.