Uma imagem pouco comum, captada por câmeras espalhadas estrategicamente nas florestas do Refúgio da Vida Silvestre de Maricá (Revimar), deixou pesquisadores da fauna e flora silvestre entusiasmados. As fotografias revelam no local a presença de uma onça-parda (Puma concolor). O animal é considerado extinto na região em que foi flagrado há mais de um século.
Mas a onça não está sozinha. As imagens captadas no espaço também revelam a presença do gato-maracajá. O felino selvagem se parece com uma miniatura de onça-pintada e também era considerado extinto na região costeira, seu antigo habitat.
Segundo pesquisadores, ambos os felinos tinham como seu habitat preferido regiões próximas ao mar, mas devido a caça predatória eles hoje resistem somente em fragmentos montanhosos, e se pensava que haviam desaparecido da costa.
O Revimar tem nove mil hectares e se estende por 25% do território de Maricá.
Caracteríticas dos felinos
O gato-maracajá tem olhos e patas grandes e uma cauda longuíssima. O felino, que vive da costa mexicana até Argentina e Uruguai, é encontrado em quase todo o Brasil, com exceção do Ceará. No restante do Nordeste, ele raramente é visto em áreas de Caatinga e prefere a Mata Atlântica do litoral. Isso porque o habitat preferido desses animais são matas densas. Apesar de usar o solo para andar, o gato-maracajá prefere caçar andando na galhada de árvores. E que técnica de caça ele tem: para capturar presas como saguis e aves, o felino imita o som de filhotes e as atrai para si. Come, ainda, roedores e marsupiais.