Realizar uma “ponte” entre o tratamento fisioterapêutico e a prática regular de atividade física. Esse é o objetivo do projeto Trilhando Caminhos, desenvolvido pela equipe de Fisioterapia do Centro de Especialidades de Saúde de Itaboraí (CESI), em Quissamã, gerido pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA). O projeto é direcionado aos usuários do Setor de Fisioterapia, que já receberam alta do atendimento de fisioterapia ambulatorial e buscam independência funcional, por meio da atividade física.
O encaminhamento para a inscrição no projeto é realizado pelos fisioterapeutas da equipe, após reavaliação do paciente. O Trilhando Caminhos conta com a parceria da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL). O projeto acontece na parte externa e posterior ao ginásio de Fisioterapia, as atividades são programadas e monitoradas pelo educador físico Carlos Magno Tang Sing.
As aulas acontecem duas vezes por semana (terças e quintas-feiras), na parte da manhã, das 7h30 às 8h10 e das 8h15 às 9h. As atividades englobam fortalecimento muscular, coordenação, equilíbrio, dentre outros. Cada grupo é composto por até 10 pacientes, para que o educador físico possa oferecer o suporte necessário. E o período de acompanhamento é de dois meses, depois eles são orientados a buscar manutenção de atividades físicas, como por exemplo, o projeto Transformar da SEMEL ou outras atividades, como dança, hidroginástica, musculação e outros.
Segundo a responsável pelo Serviço de Fisioterapia do município, a fisioterapeuta Lana Caldeira, durante o período da pandemia, a equipe percebeu o quanto o sedentarismo (inatividade) intensificou os sintomas e queixas dos usuários assistidos no Cesi. “A fisioterapia é um tratamento que tem início, meio e fim. Nossa ideia é fazer com que possam literalmente trilhar seus caminhos, entendendo a importância da atividade física para a melhora da lesão”, disse Lana.
O Setor de Fisioterapia no Cesi, coordenado pela fisioterapeuta Renata Benvindo, conta com aproximadamente 200 pacientes, que são encaminhados pelos médicos do Cesi ou pelas Unidades de Saúde da Família (USFs) para os diversos tratamentos fisioterapêuticos. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Cada paciente realiza o tratamento duas vezes por semana, com 1h ou 1h30 de duração, dependendo da lesão.
“Esse projeto é um divisor de águas. Aqui nós acolhemos esses pacientes, criamos laços e eles acabam tendo resistência pela alta. Esse projeto visa reabilitá-los e encaminhá-los para atividades físicas, que são de suma importância para todas as pessoas”, disse a coordenadora do Setor de Fisioterapia, Renata Benvindo.
Na manhã desta terça-feira (17/05), o segundo grupo do projeto, que foi iniciado em meados de março deste ano, começou as atividades. A moradora do bairro de Três Pontes, Iranil Monteiro, de 65 anos, estava animada com as aulas. A dona de casa quebrou a clavícula. “Eu iniciei o tratamento de fisioterapia aqui e já melhorei muito. Agora com essas atividades físicas tenho certeza que vou ficar ainda melhor. Estou bem animada”, falou Iranil.