Cerca de 100 pessoas passaram pela praça durante toda a manhã, tendo acesso a atendimentos de serviço social, nutrição, orientação jurídica e psicológica e sobre carteira de trabalho e seguro desemprego.
Quem passou pelo local também recebeu atendimento voltado para a saúde bucal; orientação sobre o programa “Sim, eu posso!”, que visa erradicar o analfabetismo; realizou cadastro para a limpeza de fossas, construção de caixa de gordura e abastecimento de água; além de receber informações sobre as modalidades esportivas oferecidas nas oito arenas da cidade.
O evento contou ainda com a distribuição de mudas da Mata Atlântica, de bananas desidratadas e de vouchers para serviços de beleza. Também estavam disponíveis no local animais para adoção e muitas atividades recreativas e com trilha para as crianças. A Incubadora de Inovação Social em Robótica e Sustentabilidade levou o ônibus do meio ambiente, um laboratório móvel com óculos de realidade virtual que chamou a atenção do público para explicar como fazer a coleta do lixo eletrônico.
O secretário de Políticas Inclusivas, Clauder Peres, falou sobre a importância de levar todos os serviços às comunidades carentes, onde há maior quantidade de pessoas em vulnerabilidade.
“A população precisa saber o que o serviço público oferece e, além da divulgação, acredito que essa é uma forma de aproximar a população mais carente do serviço técnico que oferecemos. E não é só hoje, porque essa ação deveria acontecer mês a mês e em todas as localidades com maior carência. Recebemos aqui solicitações para atendemos o bairro do Caju e Inoã. Essa ação de hoje é apenas o início”, esclareceu o secretário de Políticas Inclusivas, Clauder Peres, que agradeceu a parceria de todos os órgãos envolvidos.
O evento foi idealizado pela Secretaria de Políticas Inclusivas em parceria com as secretarias de Trabalho, Saúde, Economia Solidária e Assistência Social, o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e o Instituto Embelezze de Maricá.
Ação e serviços atraem moradores
Moradora do bairro, Raquel Morais, 28 anos, estava no local com o marido e um dos filhos. Ela buscava informações para voltar a estudar. “Eu não terminei os estudos porque morava com minha avó que era muito idosa. O tempo passou e eu nunca mais voltei para a escola. Hoje tenho quatro filhos e a mais velha vai começar a estudar agora. Eu também estou querendo voltar a estudar porque acho que vai ser importante para minha vida em tudo, para fazer faculdade e para trabalhar”, disse.
Cesar Freire, 49 anos, buscava atendimento sobre as atividades esportivas para os filhos. “Eles têm 7 e 14 anos, mas por enquanto estão só na escola. Quero matriculá-los porque são muito agitados e porque quero que tenham qualidade de vida. Vou conversar com eles para escolher as modalidades”, contou.
Fabrício Rodrigues, 29 anos, queria informações para reformar a fossa de sua casa. “A estrutura da casa em que a gente mora está ficando desestabilizada, porque é uma casa de 30 anos. Eu acho que o esgoto está voltando e infiltrando debaixo da casa, porque ela está começando a ceder. Para mim, esse tipo de ação no fim de semana facilita muito, porque durante a semana é muita correria lá em casa, porque tenho quatro filhos”, explicou.
Morando no bairro há apenas duas semanas, Priscila Reis, 32 anos, foi ao evento para conseguir a segunda via de identidade e também procurar emprego. “Eu morava em São Gonçalo, onde não tem nenhuma ação desse tipo. Assim, fica muito mais fácil para a gente conseguir uma oportunidade”, avaliou.