A população da cidade de Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, cresceu. A cidade chegou aos seus 224.267 habitantes, segundo Censo de 2022, o que representa um aumento de 2,97% em comparação com o Censo de 2010. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Saber o índice de crescimento de determinada população, auxilia a compreender melhor a forma como se estabelecem as relações entre os seres humanos e o espaço. Exigindo uma adaptação do espaço para o aumento dessa população, sendo necessário a elaboração de políticas públicas, econômica, social, ambiental e, além disso, de prever as tendências futuras de crescimento. Itaboraí está pronta para esse aumento populacional? Segundo o professor de geografia, morador de Itaboraí, especialista em geografia da população urbana e econômica, Carlos Duilio Oliveira da Silva, de 39 anos. O aumento da população de Itaboraí, não leva em conta um possível aumento da taxa de natalidade e sim o processo de industrialização da região, muito por conta do Comperj. Sendo comum em lugares onde passaram a ser fonte de oferta de emprego, mesmo que não seja o que todos esperavam, como é o caso de Itaboraí, onde há um número grande de desempregados nas filas de empresas ou do SINE, (Sistema Nacional de Emprego).
Para o professor, Itaboraí não se preparou para esse aumento populacional, pois segundo ele, a cidade é precária em saneamento, o sistema de saúde não atende a população atual, quanto mais, essas novas pessoas. Carlos relata que a cidade não tem escolas o suficiente para atender os filhos da classe trabalhadora.
Para o especialista em geografia da população, é importante que o prefeito se sensibilize com as questões sociais, para que Itaboraí atenda as demandas essenciais da população. Construção de novas creches, escolas, além de equipar e melhorar as já existentes, construção de mais um hospital pronto socorro, pois o que atende a cidade não é suficiente para população. Além disso, para o professor, é preciso elaborar projetos de geração de emprego, estimular junto a Petrobras a contratação da mão de obra local para construção do Comperj.
Foto: divulgação.
