Matéria de Irene Graciete Cezario Violante
A história de Itaboraí remonta ao período colonial, quando a região era habitada por índios da tribo dos Tamoios. O nome do município significa: Pedra Bonita escondida na água. Sua trajetória como um município se desenvolveu a partir do século XVIII. Em 1843, Itaboraí foi elevada à categoria de vila e, posteriormente, em 1856, tornou-se uma cidade.
Apesar do crescimento industrial, Itaboraí também tem atrativos naturais que muitas das vezes são desconhecidos até mesmo pelos moradores. Para os que curtem aventuras, há muitas trilhas espalhadas pela cidade. O guia Elias de Almeida Morais, 54 anos, está na função há anos e mora em Itaboraí há 26 anos. Ele aponta algumas atrações: Serra de São José, La Toma, Caverna Pedra Bonita, Pedra de Hipopótamos, Miradouro Itamonte, Rampa do V, Pedra Tamanduá, Mirante da Palmeira, Point da Nice e Mirante Maricá, são apenas algumas das trilhas disponíveis para aqueles que curtem apreciar esse momento de conexão com a natureza. A localização da trilha inicia no Parque Paleontológico de São José. Estes e muitos outros percursos, incluindo informações detalhadas sobre o trajeto, podem ser consultados no aplicativo WikiLoc.
As trilhas são uma forma emocionante e enriquecedora de explorar a natureza, oferecendo uma oportunidade de conexão com o ambiente natural, exercício físico e descoberta de paisagens. Ela nos permite adentrar em lugares onde a natureza reina soberana, proporcionando uma experiência única e memorável. Ao caminharmos por trilhas, somos convidados a deixar para trás o ritmo acelerado da vida cotidiana e adentrar em um mundo tranquilo e sereno. Cada trilha é uma aventura única, esperando para ser explorada e apreciada. No entanto, ao fazer trilhas, é essencial tomar certos cuidados para garantir a segurança e o aproveitamento desta experiência. O subtenente França de Pais, do Corpo de Bombeiro Militar em Itaboraí deixa alguns conselhos aos leitores: levar água na cintura ou mochila, barraca de dormir, isqueiro ou fósforo, roupa de frio, toca para tampar os ouvidos, telefone e um sinalizador, para eventual emergência. França também recomenda que, caso encontre animais ferozes na mata, não os mates, o indicado é se afastar lentamente e sussurrar às pessoas ao redor para recuarem, a fim de evitar que o animal se assuste. O subtenente relata que frequentemente recebe telefonemas de praticantes de trilhas e esportes radicais que se acidentam nas cidades de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá e adjacentes.
Outras sugestões para a prática segura de trilhas incluem fazer um planejamento do tempo de percurso, evitando ficar além do horário programado, verificar as condições climáticas, usar tênis adequado, informar à um parente ou amigo o local que irá visitar e evitar desviar-se do caminho a fim de não se perder ou entrar em áreas com risco desconhecido.
A proprietária da loja Suave Modas, Giselle Franco Suave, 36 anos, afirma que mora em Itaboraí há 16 anos, destaca a vista da Lagoa Azul, localizada na cidade vizinha de Tanguá e que só descobriu o local a cerca de 3 anos. Ela conta que as visitações têm aumentado nos últimos tempos. O povo local comenta que ali funcionava uma mineradora e que, com o decorrer do tempo, uma cratera se formou devido as chuvas. A água no local apresenta uma coloração esverdeada que é atribuída a vestígios de produtos químicos utilizados no extinto processo de mineração. Por este motivo, as autoridades desaconselham o banho no local. A paisagem, no entanto, tem uma bela vista que podem render fotos estonteantes.
Em alguns trechos, as sinalizações são realizadas pelos próprios guias locais. Estes afirmam que usam recursos próprios para realizar essas melhorias. Turistas e aventureiros clamam à prefeitura por melhores condições de acesso, sinalização das vias e melhor divulgação dos locais.