Você conhece a moeda social que existe em 6 cidades do Rio de Janeiro? Essa moeda social começou em 2013, em Maricá, hoje existe em Niterói, Itaboraí, Saquarema, Cabo Frio, Porciúncula, Petrópolis e Iguaba Grande. Agora, essa mesma realidade está prestes a acontecer na cidade do Rio de Janeiro, que se prepara para este projeto que promete transformar o panorama social e econômico das comunidades cariocas. Trata-se do lançamento da moeda social, uma iniciativa que já alcançou sucesso em Maricá e em outras sete cidades do Estado do Rio de Janeiro. A moeda social tem como objetivo impulsionar o consumo e a renda dos moradores das favelas e áreas mais carentes da cidade. A expectativa é que o projeto seja apresentado na Câmara dos Vereadores ainda este ano e comece a operar a partir de janeiro.
A Moeda Social “Samba”:
O Secretário de Desenvolvimento Econômico e Solidário do Rio de Janeiro, Diego Zeidan, foi designado pelo prefeito Eduardo Paes para liderar o projeto de criação da moeda social na cidade. Inspirado no sucesso do modelo em Maricá e em outras localidades, a moeda social funciona como um meio de pagamento que valoriza o comércio local. A ideia central é que programas e benefícios municipais sejam pagos em moeda social, circulando assim dentro das comunidades e fortalecendo a economia local. A proposta apresentada na Câmara prevê que a moeda social carioca receba o nome de “Samba”, uma escolha que representa a essência e a cultura do Rio de Janeiro. A equipe de marketing da moeda está comprometida em incorporar o espírito do samba em sua promoção, aproveitando a célebre frase: “Quem não gosta de samba bom sujeito não é.”
Bancos Comunitários:
Um elemento-chave do projeto da moeda social é a criação de bancos comunitários em cada comunidade atendida. Esses bancos desempenharão várias funções, incluindo a gestão da moeda naquela localidade, o cadastro de comerciantes, o atendimento aos beneficiários, a organização de cooperativas de produção, a regularização de CNPJs e a redução da informalidade. Além disso, os bancos comunitários serão responsáveis por fornecer linhas de crédito, o que contribuirá significativamente para o desenvolvimento econômico local. A taxa administrativa gerada pela moeda não será destinada a empresas operadoras externas, mas sim aos bancos comunitários, garantindo que o dinheiro circule de volta nas comunidades.
Resultados em Maricá e Outras Cidades:
A moeda social já provou ser uma iniciativa eficaz em Maricá, onde representa 15% de toda a circulação de dinheiro na cidade. Desde sua criação em 2013, a iniciativa injetou mais de R$ 1 bilhão na economia local, com uma média impressionante de 15 mil transações por minuto. Cada unidade da moeda social, conhecida como “mumbuca,” equivale a R$ 1, fortalecendo o comércio e os serviços locais. Além disso, famílias em situação de vulnerabilidade recebem benefícios mensais em moeda mumbuca, proporcionando-lhes maior estabilidade financeira.
Conclusão:
O lançamento da moeda social “Samba” no Rio de Janeiro é uma iniciativa empolgante que promete revolucionar as economias locais das comunidades mais necessitadas da cidade. Com a criação de bancos comunitários e o estímulo ao consumo local, a moeda social representa um passo significativo em direção à construção de comunidades mais fortes e resilientes. A experiência bem-sucedida em Maricá e outras cidades do Estado demonstra o potencial transformador desse projeto, que oferece esperança e oportunidades para os moradores das favelas e áreas carentes do Rio de Janeiro.