O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) está no centro da operação Lesa Pátria, que busca identificar participantes e incentivadores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Na manhã desta quinta-feira (18), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sua residência, localizada em Niterói, região metropolitana do Rio, e em seu gabinete na Câmara dos Deputados. O parlamentar negou qualquer envolvimento com os golpistas.
Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo partido de Jair Bolsonaro, é suspeito de promover atos antidemocráticos relacionados à contestação do resultado das eleições presidenciais de dois anos atrás, incluindo bloqueios de rodovias no interior do Rio de Janeiro. O inquérito da Polícia Federal revela que o deputado trocava mensagens com golpistas, participando de grupos de WhatsApp e fornecendo orientações sobre esses temas.
As investigações indicam que esses atos liderados por Jordy podem ter contribuído para as invasões e depredações das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, quando os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram danificados. Em um vídeo publicado na mesma rede, o deputado alegou ser alvo de perseguição às vésperas da eleição municipal, na qual é pré-candidato à prefeitura de Niterói. Ele afirmou que isso evidencia uma suposta ditadura, negando ter incitado os ataques de 8 de janeiro.