Com a chegada da Páscoa, uma parcela da população brasileira se reúne para celebrar o feriado religioso. Seja através das tradicionais refeições à mesa ou da troca de presentes e chocolates, os alimentos precisam ser escolhidos com consciência, de maneira a ofertar saúde e nutrição.
Diante disso, o Ministério da Saúde ressalta a relevância de atentar para a composição dos alimentos ao ir às compras. A Resolução Nº 429 de 2020 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece a obrigatoriedade do selo de advertência frontal e alterações na apresentação da tabela de composição nutricional para todos os alimentos embalados que se enquadrem nos parâmetros definidos pela resolução.
“Esse selo consiste na imagem de uma lupa com a mensagem ‘alto em’ para alertar sobre a presença de altas quantidades dos principais nutrientes críticos (sódio, açúcar e gordura saturada), presentes em alimentos processados e ultraprocessados, cujo consumo excessivo está relacionado ao desenvolvimento de doenças”, alerta a nutricionista e consultora técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição da pasta (Cgan), Camila Chagas.
A rotulagem nutricional é uma importante estratégia de saúde pública, permitindo à população a escolha de alimentos mais saudáveis, contribuindo para seu conhecimento e autonomia. Ela apresenta informações precisas e objetivas à população, ressalta Camila, ao destacar a importância do selo frontal de advertência e da lista dos ingredientes. “Ou seja, os ingredientes que aparecem primeiro na lista estão presentes em maior quantidade no produto. Assim, mesmo que o alimento não apresente a lupa de advertência, deve-se observar a lista de ingredientes para conhecimento da composição do produto”, informa.
Ainda de acordo com a consultora técnica, o consumo de chocolates e ovos de Páscoa merece atenção especial. “A publicidade nessa época do ano estimula o consumo excessivo desses produtos. Orientamos as pessoas que se atentem ao selo frontal de advertência e à lista de ingredientes para que evitem o consumo excessivo de alimentos com altas quantidades de açúcar e gordura, bem como aqueles ultraprocessados com ingredientes que geralmente não temos em uma cozinha doméstica, como umectantes, estabilizantes e conservantes”, destaca Camila.
Dez anos do Guia Alimentar
O Guia Alimentar para a População Brasileira, que completa 10 anos em 2024, incentiva a prática culinária, ao apresentar como regra de ouro a preferência por “alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.
“Datas comemorativas são uma excelente oportunidade para colocar em prática as habilidades culinárias e partilhar momentos importantes com a família e amigos. Assim, preparar uma sobremesa ou um prato especial utilizando ingredientes in natura ou minimamente processados, adquiridos em comércios locais e feiras livres, é uma ótima alternativa nessas ocasiões”, sugere Camila Chagas.
Outra orientação fornecida pelo guia em torno das escolhas conscientes para a saúde e a nutrição diz respeito à prioridade para as produções locais, o que pode reduzir a dependência de ultraprocessados. De acordo com o documento, a aquisição de produtos locais, da agricultura familiar de base orgânica e agroecológica, é fundamental na promoção da alimentação adequada e saudável, alinhada à sustentabilidade. As recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira reforçam as escolhas que visam a uma alimentação balanceada, saborosa e culturalmente apropriada.
Confira aqui o Guia Alimentar para a População Brasileira
Fonte: Gov.Br
Foto: Banco de Imagem