Como foi seu último atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS)?” Perguntas assim, direcionadas diretamente à população, são uma das bases da reconstrução da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesta quinta-feira (11) o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, detalharam, em entrevista coletiva, como vai funcionar o processo.
Completando 30 anos em 2024, a ESF é uma das políticas de maior sucesso do SUS e passará por uma reestruturação para o resgate do foco nas pessoas e no cuidado, como anunciado na última segunda-feira (8) pela ministra, ao lado do presidente Lula.
“Tivemos uma perda grande nos últimos quatro anos, visto que havia uma orientação estratégica diferente para o programa feita pelo governo anterior. Então vamos reconstruí-lo, tendo como norte a qualidade”, pontuou a ministra da Saúde. “Trata-se de uma área fundamental, que consegue a resolução de 80% dos problemas de saúde”, acrescentou.
Responsável por explicar as mudanças na estratégia de atuação do programa, o secretário Felipe Proenço resumiu: “É um novo momento para a saúde da família”. E acrescentou que a forma de atendimento será totalmente diversa. “Serão mais equipes que vão trabalhar com um tamanho de população adequado. Assim, vamos poder olhar para o horário de funcionamento das UBS e analisar a satisfação das pessoas que estão sendo atendidas”, explicou. Entre as dificuldades citadas pelo secretário e encontradas pela atual gestão, estava a ausência de um médico em 4 mil dessas equipes que atendem os territórios.
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