Maricá sediou na segunda-feira (15/04) o 1º Fórum Municipal de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que aconteceu no auditório do Centro de Educação Pública Transformadora (CEPT) Leonel Brizola, em Itaipuaçu, reunindo cerca de 200 pessoas. A iniciativa foi do Conselho Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria de Saúde, propondo diálogos plurais para promover melhorias no cotidiano de trabalho dos profissionais da área na cidade, além de qualificar os serviços oferecidos à população.
O evento contou com palestras sobre os seguintes temas: democracia, controle social e o desafio da equidade na gestão participativa do trabalho e da educação em saúde; trabalho digno, decente, seguro, humanizado, equânime e democrático no SUS – uma agenda estratégica para o futuro do Brasil; e educação para o desenvolvimento do trabalho na produção de saúde e do cuidado das pessoas que fazem o SUS acontecer – a saúde da democracia para a democracia da saúde.
As falas foram conduzidas pela secretária de Saúde, Juliana Nogueira; pelo superintendente de Gestão do Trabalho e Desenvolvimento Institucional da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (Femar), Gilson Luiz de Andrade; pelo coordenador do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) da secretaria, Raphael Dias. À tarde, os participantes foram divididos para uma dinâmica em grupo, participando de rodas de conversa sobre os três eixos temáticos e estabelecendo juntos propostas que serão levadas à Conferência Regional de Saúde.
A secretária de Saúde, Juliana Nogueira, afirmou que o Fórum possibilitou trocas importantes e que ajudam a qualificar o SUS.
“Esse é um momento importante da gestão do trabalho no município para trazer debates, soluções e críticas construtivas. Precisamos sempre ter um olhar para identificar os problemas, os gargalos e solucioná-los a partir da construção coletiva e para o povo, porque o SUS somos nós e nós fazemos ele acontecer. Foi um dia muito rico e sem a participação esse caminho não seria possível, por isso agradeço a presença de todos”, destacou.
Bruno Lougon, presidente do Conselho Municipal de Saúde, pontuou que os debates promovem o protagonismo dos trabalhadores da área, gerando mudanças fundamentais para o seu cotidiano.
“O trabalhador é quem está à frente das ações e situações e o sistema de gestão deve estar atento a isso. Precisamos zelar para que o profissional tenha uma saúde pautada em um bom suporte para o seu dia a dia, o que é essencial para tudo, e esse dia de discussão e diálogos consolida isso. O Conselho está à disposição, de portas abertas para ouvir reclamações, elogios e dar o apoio e suporte necessário ao trabalhador da saúde do nosso município”, completou.
Participação popular e controle social
A programação do Fórum também teve o intuito de fortalecer o controle social, representado pelo Conselho Municipal de Saúde, e a participação coletiva na construção de avanços para o SUS de Maricá. Com isso, a gestão se torna mais próxima dos profissionais e do público em geral, o que resulta em mais resultados concretos.
A conselheira Denise Marchon reforçou esse aspecto, garantindo que os debates provocados geram propostas que farão a diferença nas conferências de saúde.
“Essa ação partiu do controle social, que fala sobre a participação da sociedade na gestão pública. Essa é uma oportunidade única de falar sobre todos os trabalhadores da área e as ideias propostas irão para a conferência regional, estadual e nacional, planejando os próximos quatro anos do SUS. A gestão de Maricá é diferenciada, mas seguimos sempre cobrando e cooperando”, concluiu.
Foto: Katito Carvalho