Na última sexta-feira (13/09), foi inaugurado o Complexo de Energias Boaventura, anteriormente conhecido como Comperj, localizado em Itaboraí. Com esta nova fase, o gás natural transportado pelo gasoduto Rota 3, que passa por Maricá a partir de Jaconé, começará a ser processado na Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo. O gasoduto Rota 3 será crucial para o escoamento e processamento do gás extraído do pré-sal da Bacia de Santos, marcando o início de uma nova era para a infraestrutura energética da região.
O Complexo de Energias Boaventura, que já teve outros nomes, como Polo GasLub Itaboraí e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), abriga a maior unidade de processamento de gás natural do Brasil. Com a implementação do Projeto Integrado Rota 3, o complexo terá a capacidade de escoar até 18 milhões de m³/dia e processar até 21 milhões de m³/dia de gás natural. Esta ampliação na capacidade de processamento visa aumentar a oferta de gás no mercado nacional e reduzir a dependência de importações. Além disso, as obras de construção do projeto geraram cerca de 10 mil novos empregos.
Visões Regionais e Impactos Esperados
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, comemorou a inauguração, ressaltando que a operação do Complexo é um passo fundamental para o crescimento econômico do estado do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo. Ele destacou que a quantidade de gás processado será crucial para a redução dos custos de combustível para os consumidores e reforçará a posição do Brasil como um líder em tecnologia de refino de petróleo.
Igor Sardinha, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, também enfatizou a importância do início das operações do Rota 3. Segundo ele, o projeto pode acelerar a atração de novas indústrias para a região, além de impulsionar o desenvolvimento de outro projeto significativo para a cidade: o Terminal Portuário de Ponta Negra (TPN), conhecido como “Porto de Jaconé.” Sardinha acredita que a integração do Rota 3 com o Porto de Jaconé tornará Maricá um polo estratégico para a indústria do gás natural e para o setor portuário.
Sobre o Complexo de Energias Boaventura
O nome do Complexo homenageia o Convento São Boaventura, uma das primeiras construções da região de Itaboraí, cujas ruínas foram preservadas no local. Após a conclusão das obras, o Complexo terá a capacidade de produzir cerca de 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A nova planta operará em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), aumentando a eficiência e a capacidade produtiva do setor petroquímico brasileiro.
Fonte: AT. News
Foto: Ilustrativa