O deputado federal Washington Quaquá, amigo e companheiro de partido de Renato Machado, candidato à prefeitura de Maricá, expressou sua solidariedade ao colega, deputado estadual do PT, após um suposto ato de racismo praticado pelo deputado bolsonarista Renan Jordy durante uma sessão da Alerj na última terça-feira.
Ao ser informado sobre o ocorrido, Quaquá defendeu uma punição exemplar a Jordy. “Quero manifestar meu total apoio e solidariedade ao meu companheiro Renato Machado e reforçar que o racismo deve ser combatido com rigor. Racistas devem responder por seus atos, e acredito que o processo de cassação do deputado também deve ser iniciado na Alerj”, declarou.
O incidente ocorreu quando Machado rebatia críticas de Renan Jordy, que acusava os deputados petistas de serem “escravocratas” e “claque”. Nesse momento, Jordy fez um gesto esfregando os dedos indicador e médio na manga de seu paletó preto, o que Renato considerou um ato de cunho racista. O gesto foi capturado pelas câmeras da TV oficial da Assembleia. A discussão surgiu após Jordy indicar a funkeira Jojo Todynho, que recentemente declarou apoio à direita bolsonarista, para ser agraciada com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Casa.
Quaquá destacou ainda que o irmão de Renan, Carlos Jordy, concorre à prefeitura de Niterói, enfrentando a candidata Talíria Petrone, uma mulher negra. “É essencial que impeçamos que outro membro dessa família bolsonarista avance para o segundo turno em Niterói. O principal líder do partido deles, Jair Bolsonaro, carrega um histórico de racismo. Pela igualdade e pelo respeito à diversidade, é fundamental eleger uma mulher negra para governar a cidade onde nasci, e essa mulher é Talíria”, concluiu.
Renato Machado já levou a denúncia contra Jordy ao Ministério Público e planeja, na próxima semana, solicitar ao Conselho de Ética da Alerj uma investigação formal. As bancadas do PT e do Psol ainda avaliam a possibilidade de processar o deputado por injúria racial.