Agentes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) realizaram, nesta segunda-feira (04/11), uma vistoria na área de reflorestamento do Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí (PNMPSJI), no distrito de Cabuçu. O trabalho acontece em uma parceria entre a Prefeitura de Itaboraí e a SEAS, que tem como objetivo monitorar o reflorestamento de toda a área que abrange o Parque, contribuindo para a normalização do ecossistema.
Vale destacar que esse trabalho acontece desde 2021, em uma área com mais de 32 hectares, que está recebendo plantio de mudas de diversas espécies nativas do bioma Mata Atlântica. Esta área é fiscalizada periodicamente pelo Grupamento Especial de Proteção Ambiental (GEPAM), a fim de resguardar o local e proporcionar segurança aos visitantes do Parque Paleontológico. Até o momento mais de 65 mil mudas já foram plantadas, entre elas Aroeira, Ingá, Guapuruvu, Paineira e Ipê.
O paleontólogo e gestor do parque, Luís Otávio Castro, destacou a importância do reflorestamento para os dias atuais e também para as futuras gerações.
“Acredito que o município só tem a ganhar quando a gente investe em reflorestamento em áreas degradadas. Hoje a gente está em uma linha que precisamos realmente preservar a natureza, e ações como essa concretizam o nosso objetivo. Investir em preservação ambiental é uma saída para garantir o futuro da atual e novas gerações. Nós temos nos empenhado nesse papel de recompor a vegetação que foi devastada no passado, dentro da unidade de conservação, que é o Parque Paleontológico de São José de Itaboraí, pensando não somente na fauna e na flora, mas também como um reservatório hídrico, porque plantar árvores, é “plantar água”. Esse é um projeto que também tem uma vertente de educação, pois nós apresentamos essa área aos visitantes e mostramos que ela está passando por um processo de regeneração e transformação ambiental e tem surtido grandes efeitos socioambientais”, explicou o gestor do parque.
Vale destacar que dentro do parque existe uma lagoa com a capacidade de reservar milhões de metros cúbicos de água, para eventuais necessidades. Também é importante informar que inicialmente o monitoramento da área de reflorestamento do parque era feito mensalmente, ainda durante o primeiro ano passou a ser realizado bimestralmente e neste momento acontece a cada três meses e se estenderá até o final da hectação, em 2025.
O Biólogo do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), Rafael Dellamare, que realizou este trabalho em toda a área de reflorestamento, explicou a necessidade da ação e a importância do parque realizar ações educacionais.
“Esse trabalho é uma compensação do Comperj, e através de um termo de ajuste de conduta, essa é uma das áreas selecionadas para receber a restauração. É uma área que tem um apelo ecológico grande, se tratando de mudanças climáticas e floresta urbana, então é uma das poucas áreas que a gente ainda tem possibilidade de fazer esse tipo de trabalho. Essa é uma área grande, que tem uma visitação relevante, por conta da parte educacional. Então a importância se dá a toda essa questão do aprendizado, das crianças, que podem ver a floresta crescer. É só ganho”, finalizou o biólogo.
Gerido pela Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMAU), o Parque Paleontológico foi criado com o objetivo de salvaguardar uma bacia sedimentar de rochas calcárias de milhões de anos, rica em fósseis de vegetais, aves, anfíbios, répteis e mamíferos, o parque é um dos mais importantes jazigos de fósseis do Brasil.
Para agendar uma visita ao parque, basta enviar e-mail para (visitas@ppsji.itaborai.rj.gov.br). A unidade de conservação fica localizada na Rua José de Almeida, em São José.