O Rio de Janeiro será palco de um dos maiores eventos internacionais do ano com a realização da Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro. O encontro reunirá delegações de 40 países e 15 organismos internacionais, totalizando 55 delegações. Entre os líderes confirmados estão nomes de grande relevância global, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping. A magnitude do evento exige uma operação de segurança extremamente ampla e sofisticada, com a mobilização de mais de 26 mil agentes de diferentes forças de segurança.
Estrutura de Segurança e Operações Especiais
A logística do evento está apoiada em um sistema integrado de oito centros de inteligência e comando, onde representantes de nove órgãos de segurança monitorarão todos os aspectos do deslocamento das delegações, segurança de locais estratégicos e a movimentação nas áreas mais sensíveis da cidade. Esse sistema de controle será fundamental para assegurar a proteção de chefes de Estado e para prevenir quaisquer incidentes durante a cúpula.
Forças Mobilizadas:
- Forças Armadas: Mais de 9 mil militares, incluindo tropas de elite como as Forças Especiais do Exército, os Fuzileiros Navais e o Grupo Especial da Força Aérea Brasileira.
- Polícia Militar: Um contingente impressionante de 15 mil agentes estará atuando em patrulhamento urbano, monitoramento de áreas estratégicas e apoio ao trânsito.
- Polícia Rodoviária Federal (PRF): Cerca de 1 mil agentes foram deslocados, incluindo 400 motociclistas altamente treinados para escoltar as delegações e realizar patrulhamento em rodovias.
- Guarda Municipal e Secretaria de Ordem Pública: Aproximadamente 935 agentes estão mobilizados para tarefas complementares de organização e segurança.
- Força Nacional de Segurança Pública: 95 agentes especializados em operações de suporte em grandes eventos.
- Polícia Federal: Embora o efetivo não tenha sido divulgado, a instituição terá um papel essencial na coordenação de ações de inteligência e contraterrorismo.
Missões e Áreas de Foco das Operações:
As Forças Armadas desempenharão um papel central no esquema de segurança, atuando em várias frentes:
- Proteção de infraestruturas estratégicas: O Museu de Arte Moderna (MAM), onde ocorrerão as reuniões principais, terá segurança reforçada.
- Escolta de autoridades: Equipes militares acompanharão os deslocamentos das delegações desde a chegada aos aeroportos até os hotéis e locais de reunião.
- Patrulhamento de vias expressas: A segurança será intensificada em corredores estratégicos como as Linhas Vermelha e Amarela, além de outras rotas usadas pelas comitivas.
- Operações de defesa especializadas: Estão previstas ações de contraterrorismo, proteção cibernética, defesa antiaérea e medidas contra drones. Além disso, unidades especializadas atuarão contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.
Garantia da Lei e da Ordem (GLO)
A atuação militar foi definida por meio de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), publicado no Diário Oficial da União no dia 8 de novembro. A medida permite que as Forças Armadas atuem com poder de polícia em áreas específicas, incluindo vias expressas, aeroportos e regiões da Zona Sul, onde estarão hospedadas as delegações. O período da GLO começou no dia 13 de novembro e será mantido até o dia 21, assegurando que todos os aspectos da segurança estejam garantidos até a partida do último chefe de Estado.
Desafios e Preparativos
A decisão de integrar os militares ao esquema de segurança foi tema de intensos debates no governo federal desde agosto. A preferência de algumas delegações internacionais por escoltas militares foi um fator decisivo para a inclusão das Forças Armadas. Além disso, a capacidade dessas forças de mobilizar grandes contingentes em curto prazo e de executar operações de alta complexidade reforçou sua participação.
A Polícia Rodoviária Federal também desempenhará um papel relevante, deslocando equipes de todo o país para o Rio de Janeiro. Entre os mais de mil agentes destacados, estão 400 motociclistas treinados para escoltas e patrulhamento, além de equipes de primeiros socorros e unidades de Choque especializadas na desobstrução de rodovias em caso de emergências.
Preparativos Conjuntos e Execução
O treinamento intensivo para o evento começou semanas antes, com simulações envolvendo escoltas, patrulhamentos e operações de emergência, como o deslocamento de equipes pela ponte Rio-Niterói no início de novembro. Todos os esforços convergem para garantir que o G20 ocorra de forma segura e sem interrupções, projetando o Brasil como um país preparado para sediar eventos de tamanha relevância global.
Essa operação de segurança robusta, envolvendo diversas forças e camadas de atuação, é essencial para proteger os líderes mundiais e manter a ordem durante um dos encontros mais importantes do calendário internacional.
Fonte: Gov.Br